Mais de 10.000 autarcas elegeram pela primeira vez, ontem ao final da tarde, os representantes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) correspondentes. Isabel Damasceno, a única candidata para a região Centro, foi eleita com 1721 votos num universo de 2187 votantes, segundo o edital divulgado no Portal Autárquico. Foram registados 378 votos em branco e 88 nulos. A ex-autarca de Leiria já desempenhava o cargo desde janeiro, altura em que foi nomeada por Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial e ex-presidente da CCDRC.
Para além das eleições para os presidentes das CCDR também foram sufragados os vice-presidentes para cada zona regional. No Centro, Jorge Brito, atual secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, foi o eleito (era candidato único à vice-presidência) com 70 votos (de entre os 77 presidentes de câmara).
No total haviam seis candidatos às CCDR, um por cada organização regional, à exceção do Alentejo que tinha na corrida dois candidatos. Aqui o eleito foi António Silva, com 512 votos. A região Norte ficou ao cargo de António Cunha (2112 votos), a região de Lisboa e Vale do Tejo de Maria Almeida (1090 votos). À frente do Algarve ficou José Portada com 290 votos.
Segundo a atual lei em vigor os mandatos para os presidentes e vice-presidentes das CCDR serão de quatro anos e a respetiva eleição decorrerá nos 90 dias seguintes às eleições para os órgãos das autarquias locais. Este ano, contudo, os mandatos dos eleitos serão de cinco anos, de forma a acompanhar as negociações dos fundos estruturais de Bruxelas. Os dirigentes eleitos estão sujeitos a uma limitação de três mandatos consecutivos, à semelhança dos autarcas.
Anteriormente os presidentes das CCDR eram nomeados pelo executivo. Agora, a lei foi alterada para uma sufrágio levado a cabo pelos autarcas de cada região. Esta alteração não reúne consenso pois os candidatos resultam, na sua maioria, de um acordo entre António Costa e Rui Rio, que os indicaram.