Depois do sucesso da estreia no castelo de Belmonte, na passada sexta-feira, o espetáculo “Caminho” inicia a sua itinerância este sábado (18h30) na Guarda, no anfiteatro da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.
Trata-se da oitava e última produção da Rede Artéria que resulta do convite à coreógrafa Filipa Francisco para criar um espetáculo em Belmonte e deu origem a um espetáculo-encontro onde se cruzam memórias e narrativas, teatro e música, palavras e máscaras, baile e entrudo, passado e futuro. Preparado em cocriação com seis participantes locais, “Caminho” foi construído a partir das biografias e das narrativas da população do concelho de Belmonte. Com a pandemia da Covid-19, o projeto teve de readaptado, mas, como sustenta a autora, há que «fazer nascer deste baile, fazer nascer deste entrudo», o “Caminho” para um outro rumo – e, talvez, um melhor futuro. «No meio de uma pandemia mundial que assusta e afasta, as personagens da peça obrigam-se a questionar o sentido de dançar, de trabalhar, de rir. Este é, essencialmente, um espetáculo de contrastes. Entre a plasticidade da dança e a rigidez dos movimentos mecânicos do trabalho. Entre narrativas e convulsões de emoção. Entre estar enlevado pela serenidade de melodias oníricas e ser subitamente despertado com o ribombar das percussões», refere a produção em comunicado enviado a O INTERIOR.
Para além de Filipa Francisco (conceção, direção artística e interpretação), fazem parte da ficha desta criação Tiago Pereira (música e interpretação), Miguel Canaverde (vídeo), e a cocriação de António Almeida, Beatriz Marques Dias, Bruno Alexandre, Edgar Costa, Joana Carvalho, Luísa Batista, Verónica Calheiros e Verónica González. Já as máscaras são de Fernando Nelas, cesteiro de Gonçalo (Guarda). O acesso é gratuito, podendo os bilhetes ser levantados no local uma hora antes do início.