CAROLINA CASTRO LIMA
Idade: 19 anos Naturalidade: Guarda Profissão: Guarda Currículo (resumido): A frequentar o curso de Gestão e Produção de Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto (2020- 2022); Delegada e representante dos delegados de turma; Estágio curricular no Hotel Porto Palácio; Vencedora da categoria Doçaria e Prémio Revelação do concurso “A Mesa dos Portugueses”; Estudante na Escola Secundária da Sé Guarda – curso de Artes (2017- 2020) e presidente da comissão de finalistas. Filme preferido: “Moana” (secretamente fã de filmes da Disney) Livro preferido: “A Química dos Nossos Corações”, de Krystal Sutherland Hobbies: Ouvir música, estar com amigos e família, ver novas ideias para a pastelaria«Conseguir surpreender o júri, que já provou receitas incríveis, foi uma das melhores sensações do mundo»
P – Ganhou recentemente os prémios na categoria de doçaria e revelação no concurso “A Mesa dos Portugueses”. Qual foi a sensação de ser reconhecida desta forma?
R – Quando me inscrevi no concurso, eu tinha acabado de criar a receita dos “Beijinhos da Serra” e nem sabia muito bem onde me estava a meter. Só sei que quando passei as diferentes fases do concurso, o meu amor por este bolo foi aumentando. Senti que uma coisa era apresentar esta receita à minha família, e como eles gostam de mim iam sempre apreciar qualquer doce que lhes apresentasse. Mas mostrar aos júris do concurso, que já provaram receitas incríveis, e ainda conseguir surpreendê-los foi uma das melhores sensações do mundo. E especialmente na fase final, onde tive a oportunidade de dar a provar o meu bolo a pessoas que me parabenizavam do quão bom estava, que queriam repetir e comentavam de como viria a ser um grande sucesso daqui para a frente, foi realmente algo que não esquecerei.
P – Em que se inspira a receita dos “Beijinhos da Serra”, com a qual conquistou o prémio?
R – Sem dúvida na minha terra e nas minhas raízes da Guarda. Esta receita foi criada a partir de uma proposta do chef da minha escola, onde teríamos que criar algo diferente com leite, queijo e ovos. Sendo da Guarda e vendo o queijo na lista, senti que não podia fugir às nossas delícias da Serra. E, a partir daí, inspirada no nosso bolo D. Sancho, que sempre achei muito delicioso, mas não caía bem a toda a gente, decidi criar uma receita que levasse o queijo da Serra a todos, mesmo aos não amantes de queijo.
P – Quando despertou o interesse pela cozinha, mais especificamente pela área da doçaria?
R – Acho que tenho esse interesse desde pequenina, muitas influências familiares, como a minha avó, ajudaram. Sempre fiz bolos e doces quando ia para casa dela, onde as tardes passavam num abrir e fechar de olhos. Se fosse para rapar a taça no final de fazer um bolo, eu era a primeira. Ou com a minha mãe, que nos fez bolos de aniversário e me deixava ajudar sempre com as decorações. A minha família tem o dote de cozinhar para quem gosta e acho que comecei a fazer uma relação entre os dois. Cozinhar com amor e alma, acho que é muito mais bonito. E logo doces, que deixa qualquer um feliz!
P – Frequenta o curso de Gestão e Produção de Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. O que a motivou a ingressar nesta área?
R – Quando acabei o 12º ano achei que queria algo na área da criação e das artes. Quando me mostraram a oportunidade nem hesitei. Pensar em fazer pastelaria como profissão era só um sonho. Veio tudo com o destino, mas não podia ter corrido melhor. Sei que nesta escola cresci muito e tenho muito que agradecer.
P – Quais são os planos e expectativas para o futuro?
R – De momento ainda estou a acabar o meu curso e o futuro é incerto, mas sei que quero conhecer novas culturas e explorar o mundo e tudo o que ele tem para oferecer. Espero ganhar conhecimentos com os melhores e vir a partilhar o mesmo mais tarde. Se calhar inventar mais uma receita…
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