Sociedade

Territórios de fronteira têm agora uma «Estratégia Comum de Desenvolvimento»

Escrito por Sofia Craveiro

Chegou ao fim a Cimeira Ibérica da Guarda. Após os protocolos oficiais, que se iniciaram esta manhã na Alameda de Santo André – com atraso de uma hora devido ao nevoeiro – , as comitivas do governos Luso-Espanhol estiveram no Teatro Municipal da Guarda, onde foi apresentada a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT), aprovada por ambos os países.

Esta é a primeira estratégia de desenvolvimento que foi construída de forma conjunta pelos dois executivos e tem como principal objetivo «tirar partido da cooperação transfronteiriça para criar benefícios para as pessoas que vivem» nestes territórios, segundo o documento divulgado pelo Governo.

Ana Abrunhosa disse que as medidas desenvolvidas têm como objetivo fazer com «que esta fronteira se torne local de riqueza e prosperidade». A Ministra da Coesão Territorial disse ainda que «as pessoas que vivem e trabalham nos territórios de fronteira [estão] no centro das preocupações».

Entre as diversas medidas anunciadas destaca-se a criação do estatuto de trabalhador transfronteiriço, o investimento em mais de 100 km de estradas de ligação entre Portugal e Espanha, e a criação de uma rede de escolas «bilingues e multiculturais» nas zonas raianas. No que toca a ligações terrestres, está também previsto o reforço do investimento na ferrovia. Na saúde foi anunciado um novo procedimento que visa melhorar a eficácia do serviço de urgência médica, que vai permitir que um doente que ligue para o 112 seja socorrido e transportado pelos meios mais próximos, estejam estes localizados em Portugal ou Espanha. Os dois países estão ainda a colaborar num cartão de identidade médica e social, que permita o acesso a cuidados de saúde dos dois lados da fronteira. 

No discurso de encerramento, António Costa salientou que «aquilo que vai vai fazer a diferença não é o que resulta da competição entre territórios mas o que resulta da cooperação» entre os mesmos. O primeiro-ministro frisou ainda que a ECDT irá permitir «eliminar as barreiras fronteiriças e os custos de contexto» das zonas raianas.

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Sofia Craveiro

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