O dia dos cabeçudos

“No dia de Carnaval, o careto filho da Putina fez um discurso disfarçado de presidente. Substituindo a plataforma de inteligência artificial ChatGPT, o “Observatório de Ornitorrincos” faz novamente serviço público e ajuda aspirantes a guionistas a escrever discursos para o palácio da Praça Vermelha”

No dia de Carnaval, o careto filho da Putina fez um discurso disfarçado de presidente. Substituindo a plataforma de inteligência artificial ChatGPT, o “Observatório de Ornitorrincos” faz novamente serviço público e ajuda aspirantes a guionistas a escrever discursos para o palácio da Praça Vermelha e/ou comentários para o “prime time” das televisões portuguesas (por coincidência, ambos em forma de bicos arredondados).
1º argumento: foram eles que começaram, nós até nunca tivemos essa vontade
2º argumento: fomos lá para os salvar – da pedofilia, do transgenerismo, do nazismo e, já agora, deles próprios
3º argumento: eles, na verdade, não são eles, eles são parte de nós
4º argumento: fomos lá para nos defender
5º argumento: isto não acaba porque eles (que são nós) não querem
6º argumento: os do outro lado são embusteiros
7º argumento: os do outro lado querem destruir-nos
8º argumento: os do outro lado mentem aos seus próprios cidadãos
9º argumento: os do outro lado, se não se põem a pau, levam com uma bomba na tromba
10º argumento: alguém ainda se lembra do Calimero?

* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Sobre o autor

Nuno Amaral Jerónimo

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