No próximo domingo vamos ter eleições legislativas antecipadas, como consequência do “chumbo” do Orçamento do Estado para 2022. Eleições que o PS não desejava e o país bem dispensava.
A meio de uma crise pandémica, o que os portugueses menos precisavam era esta crise política. O Governo fez tudo o que estava ao seu alcance para a evitar. Dialogou e negociou com os parceiros parlamentares e foi tão longe quanto o sentido de estado e as contas certas o permitiam. O limite foi o interesse nacional. Não podia valer tudo e dar a ideia de um Governo agarrado ao poder a qualquer custo.
Para quem não tem responsabilidades executivas nem a expetativa de as vir a ter, é fácil prometer tudo a todos como se os recursos do país fossem um poço sem fundo. Não se pode hipotecar o futuro das novas gerações para agradar a clientelas partidárias.
Ninguém compreende, nem mesmo a maioria dos seus simpatizantes, que BE, PCP e PEV tenham votado contra o aumento do rendimento das famílias. Quem votou contra o OE22 votou contra o aumento extraordinário das pensões que beneficiava 2,5 milhões de pessoas; votou contra o desagravamento do IRS que beneficiava 1 milhão e meio de famílias; votou contra a gratuitidade das creches; votou contra o combate à pobreza infantil; votou contra o reforço dos serviços públicos e, em especial, o SNS.
Se tivesse sido aprovado, o OE22, faria muita diferença na vida de milhões de Portugueses. Estas eleições são uma escolha decisiva e séria, as mais importantes das últimas décadas.
Portugal exige um governo de legislatura que não perca tempo em jogos de bastidores que paralisam a economia e abrem caminho a populismos irresponsáveis e perigosos. E precisa de um primeiro-ministro que conheça os problemas e tenha prestígio na Europa e no mundo. António Costa é, de longe, o político nacional mais bem preparado para continuar a resolver os problemas do país e melhorar as condições de vida dos portugueses.
Se a nível nacional votar PS é um ato de justiça de um povo que escolheu avançar para o futuro em estabilidade e segurança, no distrito da Guarda, a escolha está consolidada pelo trabalho feito nestes dois anos com rosto e com nome: Ana Mendes Godinho. A Ana da Guarda é já um símbolo deste território que puxou pela autoestima e a unidade dos guardenses. O diálogo com o presidente Sérgio Costa é só por si politicamente relevante. A Guarda tem, como nunca teve, uma estratégia, tem peso político.
Há dias estivemos em Paços da Serra (Gouveia), no fim da missa dominical. Ninguém lhe fica indiferente. A observá-la, lembrei um episódio com quase 40 anos quando o PRD ganhou as eleições na freguesia. Soubemos depois, que Manuela Eanes, por mero acaso, passara por ali à hora da saída das operárias da fábrica da Bandoiva. Parou, cumprimentou e conquistou a simpatia e o voto daquelas trabalhadoras. Ana Mendes Godinho ali estava a sorrir, a explicar, a distribuir lápis e programas eleitorais com o mesmo gosto com que cumpre a sua missão como ministra.
Todos os projetos que anuncia têm uma escala e uma maturação que os credibiliza. A Guarda não vai parar mais: Porto Seco, Pavilhão 5 e segunda fase do Hospital, mais profissionais de saúde, comando da GNR, economia social, Vilar Formoso, Museu do Côa, um IPG inovador, redução das portagens até à abolição total, etc., etc. Com uma liderança com esta força e este carisma, quem não vai querer estar com Ana Mendes Godinho neste projeto e fazermos todos juntos a história do século XXI na capital mais dinâmica e na vanguarda no Portugal raiano?
Esta história tem protagonistas: o povo da Guarda, Ana Mendes Godinho, António Costa.
Por Portugal, pelo distrito, com o PS!
* Deputado do PS na Assembleia da República eleito pelo
círculo da Guarda