A semana passada falei sobre como a identidade e o autoconhecimento contribuem para o nosso bem-estar, e hoje, é sobre a forma como o nosso corpo revela a nossa autoconfiança.
A maior parte das vezes, não temos consciência do que dizemos com o nosso corpo, o que nos convida a fazer um uso mais consciente da nossa fisiologia.
Eu explico:
Se estivermos tristes ou em baixo de forma, é natural que os nossos ombros estejam caídos, que o peito se encolha para dentro, andamos de cabeça baixa, o olhar é distante, a voz arrasta-se, esta é uma das linguagens do corpo.
Agora imaginem que estamos felizes e contentes, como é que o nosso corpo reage a tamanha alegria?
O peito abre-se com naturalidade, o andar é ligeiro, o olhar torna-se brilhante, a voz respira vitalidade e o sorriso diz o resto.
Ter consciência que o nosso corpo fala que se farta, dá-nos o poder de lhe dar instruções sempre que precisamos de nos sentir melhor.
Umas vezes o corpo está forte e transmite força ao espírito, outras vezes, passa-se o contrário, o corpo está em baixo e tem que ser a mente a dar as instruções certas para as coisas se comporem.
Às vezes basta endireitar as costas e os ombros e dizer com confiança, eu vou dar a volta a isso, para a história seguir o rumo certo.
Outras vezes, é preciso abrir o peito e mostrar confiança para nos sentirmos mais confiantes.
Uma fisiologia colapsada diz o que nós não queremos dizer com palavras, então o melhor é reparar nas expressões do nosso corpo e fazer os ajustes necessários.
Uma das formas mais sinceras de mostrar a nossa autoconfiança é através do sorriso e do olhar o outro de frente.
Um sorriso aproxima as pessoas, um sorriso preenche o silêncio, e acima de tudo, revela um bem-estar que se contagia, por isso, se por acaso andavas a poupar no teu sorriso, experimenta a seres tu a ter a iniciativa de dizer bom dia a quem passa e vais ver o que acontece.
Quando o corpo e a mente se encontram na sintonia da autoconfiança, é-se mais inteiro e por onde se passa, fica o rasto do perfume do bem-estar, típico de quem está bem com a vida.
A propósito deste tema da autoconfiança, sugiro um livro que dá pelo nome de “ O urso, o tigre e o dragão”, de Andrés Pascual e do Ecequiel Barricart, é uma fábula que diz que “quando reunires o abraço do urso, a garra do tigre e a visão do dragão, a tua vida ficará alinhada como as estrelas no céu”.
Olha, e tu? Já reparaste nas expressões do teu corpo?