Incrédulo e surpreso, Portugal assistiu há dias ao inesperado “derrube” de um Governo do Partido Socialista, apesar de o mesmo ser suportado por maioria estável na AR. Isto obriga o PS a eleger um novo líder.
Com este objetivo, apresentam-se três candidatos. Conhecendo eu bem dois deles – Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro – não tenho dúvidas em afirmar que qualquer um deles está mais bem preparado e dará um muito melhor primeiro-ministro do que Luís Montenegro, do PSD.
Antes de os portugueses elegerem uma nova Assembleia da República, os socialistas vão escolher a sua futura liderança. Para mim, a escolha é simples e óbvia: tinha que ser o Pedro Nuno Santos.
Conheço o Pedro Nuno há mais de 20 anos. Somos amigos; fui seu secretário-geral adjunto, em 2004, na Juventude Socialista e posso assegurar que é um Político no mais nobre sentido do termo.
É um homem decidido e corajoso que não tem medo de enfrentar e de resolver os problemas. É um Político de convicções profundas, que acredita na capacidade de a política transformar para melhor a sociedade. É um líder com as melhores ambições: sabe que é possível e tem a capacidade de fazer mais e melhor pelo país – a nível internacional e cá dentro. E tem consciência de que o verdadeiro sucesso é ninguém, nem nenhuma região, ficar para trás.
Quando aceitei o desafio de o acompanhar na JS, refletindo aquilo que era a minha prioridade política, mas também a sua preocupação genuína, o PNS confiou-me o pelouro da Interioridade e do Desenvolvimento Regional.
“Portugal Inteiro”, com o Pedro Nuno Santos, é há muito um amplo programa político de desenvolvimento, de solidariedade, de coesão territorial e social, no qual ninguém nem nenhuma região são esquecidos.
O nosso país é demasiado pequeno para se dar ao luxo de abandonar dois terços do seu território e de ter três quartos da sua população a viver numa pequena faixa do litoral.
A coesão territorial é uma evidente emergência nacional. Tem que ser encarada como uma prioridade de qualquer Governo, não apenas para defender esses territórios, essas populações e o país como um todo, mas também para socorrer os grandes centros urbanos do litoral e as populações que lá vivem.
O Estado não pode permitir que este círculo vicioso continue: financiamento e investimento público quase só numa estreita faixa do território, aumentando a sua atratividade, mas esvaziando o restante território. No fim do dia, todos perdemos qualidade de vida.
Que fique claro: defendo que todos os que gostam de viver no litoral o possam continuar a fazer. E com a melhor qualidade de vida que desejo para o meu território.
O que desejo é um Governo que crie condições para que todos os portugueses que vivem no litoral, com má qualidade de vida, apenas por obrigação e necessidade de terem um trabalho para se sustentarem, o possam fazer na sua terra de origem ou noutras zonas de Portugal – se o desejarem!
É esta visão de um “Portugal Inteiro” que o Pedro Nuno Santos corporiza e nos propõe. E é também por isso que todos os socialistas – os do litoral e principalmente os do interior – o devem apoiar e eleger como secretário-geral nas eleições internas do PS.
É a primeira vez que um político que pode vir a ser primeiro-ministro coloca no centro das suas prioridades a coesão territorial e o desenvolvimento do país como um todo: um “Portugal Inteiro”. Seria politicamente incompreensível que o Pedro Nuno Santos não obtivesse o apoio de uma expressiva maioria dos socialistas, muito em especial os do interior, e uma vitória expressiva e robusta que lhe confirme que chegou o tempo de um “Portugal Inteiro”.
* Presidente da concelhia do PS da Covilhã