A Universidade da Beira Interior (UBI) foi escolhida como primeira opção em 882 candidaturas, mas há sempre alunos que não estão ainda cem por cento convencidos, como é o caso de Catarina Martins, que chegou à UBI no primeiro dia de matrículas com a amiga Sara Pereira. São de Fafe e entraram em Economia.
Sara Pereira está «satisfeitíssima» com o resultado da sua candidatura. Já tinha «boas referências sobre a UBI» e esta foi a sua primeira opção. «Conheço algumas pessoas que estudam cá e as tradições da universidade, estou bastante entusiasmada», confessa. Já a amiga Catarina não está tão contente. Concorreu em primeira opção para a Universidade de Coimbra, mas não conseguiu colocação. A estudante espera ainda pelos resultados da Universidade Católica, no Porto, e se entrar é para lá que vai. Se não, fica na UBI: «Com a ajuda da minha amiga vai ser mais fácil» admite Catarina. Bioquímica foi a opção em que entrou Ana Fernandes, de Barcelos, que escolheu a UBI «por instinto». Ainda vai tentar a segunda fase, mas a universidade da Covilhã vai voltar a constar nas opções, pois o seu objetivo é conseguir entrar em Medicina.
Neste curso entraram Carlos Nogueira e Ana Moreira, ainda não se conhecem mas serão colegas neste ano letivo. Em ambos os casos a UBI não foi primeira opção mas estão satisfeitos com a entrada no curso tão desejado, que é o mais concorrido da UBI, com um total de 1.592 candidatos. Tanto para Carlos, como para Ana, «o mais importante é seguir o sonho» e ambos não têm dúvidas que é em Medicina que está o seu futuro. Gustavo Barbosa será um dos seus colegas e apesar de estar satisfeito com o resultado, pois tem «boas referências da faculdade», confessa que «ainda não sei se é este curso que quero para a minha vida». Com mais certezas está Illya Grytsayev, vem de Paredes e entrou em primeira opção no curso de Engenharia Aeronáutica. Não tinha dúvidas que ia conseguir entrar e espera agora «acabar o curso o mais cedo possível», dizendo ter «muito boas referências».
Praxes e tradição académica são um tema incontornável quando se fala na UBI e os novos estudantes parecem estar entusiasmados. Alguns já conhecem, mas para outros será uma surpresa, Gustavo Barbosa que vem decidido a dedicar-se a Medicina, vai querer participar nas atividades da academia. «Sem dizer não à praxe», também o amigo Illya Grytsayev quer «conhecer a cidade» e viver tudo o que a academia tem para lhe oferecer. Na primeira a fase do concurso de acesso ao ensino superior a UBI viu ocupadas 1.115 vagas, das 1.240 inicialmente apresentadas. Nesta instituição a oferta formativa passa por 29 cursos, dos quais 18 ficaram com todas as vagas preenchidas (ver tabela ao lado). Medicina é o curso onde entram mais novos alunos, 140, e é também, tal como seria de esperar, o detentor da média mais alta, 17,8 valores. A média mais baixa desta instituição ficou também na área da saúde, mas no curso de Optometria – Ciências da Visão. O último colocado nesta licenciatura concorreu com uma média de 10,33 valores.
O reitor da UBI mostra-se satisfeito com este número, que subiu 10 por cento em relação à mesma fase do concurso do ano anterior, de 80 por cento passaram para 90 por cento «um número que não nos regozija». António Fidalgo acredita que a segunda fase só poderá melhorar os resultados, sendo que «Engenharia Civil é o caso mais problemático». Neste curso entrou apenas um aluno, uma realidade que se tem repetido nos últimos anos, não apenas na Covilhã, mas em todos o país. «Só numa instituição [Universidade do Porto] este curso ficou completo», constata o reitor.
Ana Eugénia Inácio