Sporting, Benfica e Atlético de Madrid voltam a ser os cabeças-de-cartaz do IVº Torneio Internacional de Juniores que será disputado no Estádio Municipal da Guarda entre os dias 22 e 24. Este ano, a competição é co-organizada pelo município e a empresa Kebrostress, com a colaboração do NDS e do Guarda Unida Sport Clube. A participação dos angolanos do 1º de Agosto e do Interclube de Luanda é a principal novidade da prova.
O Sporting de Braga, o NDS e os espanhóis do Valladolid completam o rol de participantes. Vítor Santos, vereador do Desporto na autarquia, realçou que o torneio vai contar com «as promessas de hoje e quem sabe até futuros jogadores da selecção nacional». A competição tem um custo estimado entre os 30 e os 35 mil euros, sendo esperado um encaixe financeiro, proveniente da bilheteira e patrocinadores, da ordem dos «12.500 a 14 mil euros». O diferencial será suportado pela autarquia. Um pacote de bilhetes para os 12 jogos da prova custa 10 euros, enquanto que um ingresso para duas partidas custa 5, sendo que as receitas da bilheteira reverterão «unicamente» para a organização. Na apresentação do torneio, realizada na última segunda-feira, Vítor Santos afirmou que «não podíamos, de maneira alguma, deixar de contar com o NDS», nas suas vertentes de «formação» e «logística». Já o Guarda Unida, «o clube que validou o torneio junto da Federação Portuguesa de Futebol», fica encarregue da área de comunicação, imagem e distribuição, além de «toda a gestão de tesouraria no que concerne a entradas da bilheteira».
Quem revelou algum desagrado pelo modo como o processo da organização se desenvolveu foi o presidente do NDS, isto porque, inicialmente, a Câmara convidou o clube da Guarda-Gare a organizar o evento, à semelhança dos anos anteriores. Contudo, «ao contrário do que foi dito no ano passado», o apoio da autarquia foi reduzido, além de haver determinadas condições, «como a participação do Chelsea» e de «se pensar que o Hotel Turismo estaria fechado em Agosto», disse Luís Aragão. Nessas circunstâncias, a direcção do NDS entendeu que «aquilo que nos davam não chegava para organizar o torneio». Contudo, Vítor Santos justificou estas alterações com o argumento de José Mourinho já não ser treinador do Chelsea. Por outro lado, «mal de nós quando não temos percalços neste tipo de eventos. Aqui não enganamos ninguém. Houve percalços e conseguimos ultrapassá-los», afirmou. Já Alexandre Santos, da Kebrostress, considerou que este torneio é «o melhor em Portugal e um dos melhores da Europa». Por último, António Pissarra, em representação do Guarda Unida, salientou que o novo clube da cidade «pôs em prática o seu “know-how” para a organização do evento».
Ricardo Cordeiro