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Sabugal com «trabalho adiantado» para acolher Museu Nacional da Emigração

«O Sabugal seria o local ideal para acolher o Museu Nacional da Emigração e já temos o trabalho adiantado, em estreita colaboração com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas», considera o presidente do município raiano, António Robalo.

O assunto voltou esta semana à ordem do dia graças ao deputado socialista Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa, mas, em agosto do ano passado, Santinho Pacheco já tinha defendido a criação deste museu, no Sabugal, na sua crónica mensal publicada n’O INTERIOR (edição de 25/08/2016 – www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=877&id=52167&idSeccao=12577&Action=noticia). «A evocação e reconstituição histórica dessa saga só poderá ser no distrito da Guarda e no concelho de Sabugal e pode evoluir e transformar-se num futuro Museu Nacional da Emigração. É um projeto que vale a pena ambicionar e defender», escreveu na altura o parlamentar do PS. Ora, a Câmara do Sabugal já trabalha neste equipamento «desde 2011, quando esteve na Estratégia de Eficiência Coletiva do Vale do Côa». Segundo António Robalo, o conceito inicial designava-se Etnocentro – Fronteira de Memórias e associava à emigração o contrabando e a ideia de fronteira.

«No ano passado evoluímos para um projeto mais ambicioso e o futuro museu será um lugar de interpretação dos processos migratórios», acrescenta o autarca, revelando que o projeto foi apresentado em novembro do ano passado à Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. «Temos local, conteúdos e estratégia para este equipamento, falta só aguardar pela reprogramação do quando comunitário, em 2018, para candidatar o projeto», afirma o presidente raiano. Ao que tudo indica, o futuro museu deverá surgir no edifício da atual escola EB1 do Sabugal, que ficará disponível no ano letivo de 2018/19 por causa da abertura do centro escolar da cidade. António Robalo revela que o espaço vai abordar a temática da migração centrada «nas diversas motivações dos migrantes (económicas, profissionais, sociais, políticas), das suas diversas escalas (desde os movimentos internos aos movimentos pelo mundo) e dos processos de integração (a partilha de culturas/multiculturalidade e as novas formas de comunicação como facilitadoras dos fenómenos migratórios)».

«A crise dos refugiados na Europa e no mundo será outra marca importante deste museu. No fundo, o museu fará uma abordagem pedagógica, interpretativa, informativa e global desta temática», acrescenta o edil, que vai reunir esta semana com a Secretaria de Estado.

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