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Querem apagar a Guarda do mapa

O vosso jornal publicou, na última edição, um artigo que referia as várias iniciativas que a Câmara da Guarda, na pessoa da Dra. Lurdes Saavedra, tem desenvolvido para promover a imagem da cidade junto dos portugueses, as quais são de louvar.

Na minha opinião, existe um método muito mais barato (custo zero) e que, por lei, penso que temos direito a ele: exigir placas de sinalização quilométrica em toda a A23 – a primeira logo na saída da A1 para quem vem de Lisboa – visto que é na Guarda que termina esta auto-estrada e não em Portalegre, como se poderá pensar com tantas placas com o nome daquela cidade alentejana (em ambos os sentidos da A23 e mesmo na Viceg). Se formos a Portalegre não encontramos nenhuma placa a sinalizar Guarda (a mesma ausência de sinalização verifica-se em Bragança). Parece que o princípio da colocação deste tipo de placas é unilateral, com prejuízo evidente da nossa cidade.

Aliás, este parece ser o método usado para a Covilhã (sempre a Covilhã), pois na A25 verifica-se que, a partir de um certo ponto, começam a aparecer placas sinalizando uma cidade que nem sequer fica nesta auto-estrada e dista dela cerca de 50 quilómetros. Com um pouco mais de persuasão talvez conseguíssemos também uma placa na saída da A1 em Albergaria (quando se vem do Porto) e uma ou outra em todo o trajecto entre Aveiro e Viseu, em vez de vermos Vila Real, que fica noutra auto-estrada e bem distante. Este esquema de sinalização privilegiou, sem dúvida alguma, Vila Real, Viseu, Covilhã e Portalegre. Parece que alguém quer apagar a Guarda do mapa rodoviário, apesar de nos encontrarmos num nó viário de excelência.

Fiquei igualmente chocado quando, um dia destes, circulava numa nova via periférica de Viseu – perto do hospital – e procurava o caminho para a Guarda (capital de distrito contígua a Viseu), mas apenas encontrei placas a indicarem… Mangualde!!! Que nostalgia egitaniense do tempo em que, em pleno largo da Portagem, em Coimbra, havia uma placa que indicava GUARDA 156 Kms, rivalizando com as de Lisboa e Porto. Sintomático… ou não?

Leitor devidamente identificado, Guarda

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