Charlemagne Palestine actua, amanhã à noite, no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG).
Este típico judeu nova-iorquino – engenhoso e inventivo – é hoje um dos maiores criadores vivos daquela cidade, sendo mesmo considerado um “artista total”, dedicando-se a composições musicais, performances e artes visuais vanguardistas, na senda de John Cage. Palestine sempre circulou entre os grandes nomes do panorama cultural da segunda metade do século XX, apesar de ser visto como um maldito nesses círculos. Musicalmente, a sua obra regista maior pujança nas áreas do “drone”, do som contínuo e do transe. As suas buscas extremas nos campos da estética, do sensorial, do religioso e do espiritual socorrem-se de instrumentos como órgãos de igreja, pianos Boesendorfer, sintetizadores e carrilhões, a fim de encontrar o «som dourado» a que tanto se refere. No TMG, o músico vai apresentar um tema dedicado à Guarda, intitulado “Charleprayer for Guarda”, e “Strumming for Yamaha C5”, duas obras criadas propositadamente para este concerto.
