O ministro da Saúde entregou na última sexta-feira ao Hospital Pêro da Covilhã a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) que o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) aguardava desde o último Verão. Depois da Guarda, foi a vez do CHCB e do Hospital de Castelo Branco passarem a dispor de um veículo equipado e preparado para uma resposta rápida a situações de emergência. Nestes casos trata-se de um Renault Scénic. A equipa da VMER da Covilhã é composta por mais de 30 profissionais (15 médicos e 17 enfermeiros), que receberam formação durante um ano.
Desde final de Dezembro que as missões de socorro são despoletadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Coimbra, que tem a capacidade para avaliar o grau de emergência das chamadas 112. Luís Filipe Pereira inaugurou também a nova unidade de tratamento de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) do CHCB, que entrou em funcionamento no início deste mês. O serviço dispõe de doze camas (quatro para tratamento de doentes em fase aguda e oito para pacientes transferidos da unidade de agudos) e visa a recuperação funcional e a diminuição da mortalidade devido a AVC’s. Para além de estar apetrechada com material de reabilitação, a nova unidade contempla ainda um sistema de informação clínica que serve para a gestão do processo clínico do doente, registo das acções médicas e de enfermagem, assim como registo automático dos parâmetros dos equipamentos ligados ao doente, gestão automática dos consumos da unidade e custos associados e índices de taxa de esforço humano, possível através de um interface com o sistema de informação do Hospital. O investimento global foi de 830 mil euros, comparticipado pelo programa Saúde XXI.
O ministro disse estar satisfeito com a qualidade dos serviços prestados no CHCB, cujo desenvolvimento se deve «à característica S.A do hospital». Luís Filipe Pereira seguiu depois para o Fundão, onde visitou o serviço de medicina paliativa do hospital local e presidiu assinou um protocolo sobre cuidados de saúde continuados com a Santa Casa da Misericórdia do Fundão. A instituição possui dez camas para receber doentes encaminhados pelos hospitais e centros de saúde da região, sendo o único serviço do género a funcionar no distrito de Castelo Branco.
CHCB sem resultados positivos em 2005
No entanto, o CHCB, que integra os Hospitais Pêro da Covilhã e do Fundão, é um dos sete hospitais S.A, num total de 31, que não apresentará resultados positivos este ano enquanto hospital-empresa. «Esta iniciativa começou no princípio de 2003, pelo que dois anos para a sua instalação não é nada», respondeu o governante, para quem não é preocupante o facto da unidade não apresentar, pelo segundo ano consecutivo, resultados positivos. «Mas este hospital não está muito longe de atingir os resultados positivos e, se continuarmos com esta política, de certeza que os obterá em 2006», salientou Luís Filipe Pereira. Entretanto, o CHCB deverá lançar este mês o concurso público para a construção do novo edifício de psiquiatria, anunciou Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração, prevendo a sua adjudicação em meados deste ano. O investimento é da ordem dos cinco milhões de euros, repartidos entre verbas do Programa Operacional de Saúde XXI e fundos próprios do hospital. O novo edifício pretende ser um espaço multifuncional, vocacionado para consultas, internamento e outras valências. Actualmente, o serviço de psiquiatria funciona nas instalações do antigo hospital, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, um espaço insuficiente para as quatro mil consultas anuais e os mais de 400 internamentos.
Liliana Correia
