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Mêda vence “derby” com Foz Côa

“Magia” de Paulo João deu vitória à equipa de Vítor Moreira num jogo com um final alucinante

O Sporting da Mêda venceu por duas bolas a uma o “derby” com o Grupo Desportivo de Vila Nova de Foz Côa, orientado por João Borrego, que nas duas últimas épocas treinou a equipa da casa. O jogo em atraso relativo à jornada 11 do Distrital foi disputado no feriado de 8 de Dezembro.

E como já é tradição, este “derby” não foi excepção já que os últimos minutos do encontro foram alucinantes e não aconselhados aos corações mais vulneráveis. Se nos primeiros 86 as emoções ficaram muito aquém do esperado, pois os golos teimaram em não aparecer e as equipas não protagonizaram um grande espectáculo, para desespero do muito público que acorreu ao Municipal da Mêda, nos últimos minutos aconteceram três golos. Mas esta partida iniciou-se com uma situação que não deixa de ser caricata, já que a Mêda apresentou-se em campo com apenas 10 jogadores, isto porque Zezito não tinha consigo qualquer identificação. Pelo que o árbitro não deixou o jogador entrar em campo sem que a identificação fosse feita, contudo, o treinador da casa optou por esperar pela chegada do cartão do jogador e começar a partida com menos um homem, uma situação que se manteve durante dez minutos. Talvez por causa disso, o Foz Côa entrou melhor na partida, controlando as principais iniciativas ofensivas durante grande período da primeira parte.

A segunda metade do jogo foi bem diferente, já que a Mêda entrou melhor mas não chegava ao tão esperado golo. Os minutos foram passando e o jogo decaiu cada vez mais. Quando toda a gente pensava que o nulo seria o resultado final, Paulo João tirou um “coelho da cartola” aos 86 e, depois de uma jogada fenomenal junto à linha final, ofereceu o golo a Tiago, que, na pequena área, atirou para o fundo das redes. Já se cantava vitória nas hostes locais quando o guarda-redes da Mêda travou um adversário em falta, com o árbitro da partida a assinalar penalti. Chamado a converter, Guerra fez o golo do empate. Contudo, no minuto seguinte, Paulo João marcou um golo do “outro mundo”, numa jogada que faz levantar qualquer estádio e que neste caso deu três preciosos pontos à equipa da casa. Valeu a pena esperar 86 minutos para se ver futebol de primeira, com ambas as equipas a mostrarem o seu real valor – pena é que não tenha havido esta entrega durante o resto do encontro. Quanto ao árbitro, esteve bem, apenas um pequeno reparo para cada um dos seus auxiliares. Do lado dos bancos, houve uma agressão nítida à sua frente e não informou o seu chefe de equipa do sucedido. Do lado do peão, deixou passar um claro fora de jogo que quase deu golo.

Rui Geraldes/ Rádio Elmo

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