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Manteigas derrota Pinhelenses num jogo incaracterístico

Equipa de Francisco Cipriano continua sem perder e está a dois pontos do líder

A recepção do Manteigas aos Pinhelenses prometia ser um bom espectáculo de futebol, mas o árbitro acabou por ser o protagonista do jogo pelos erros que cometeu e pelos 15 minutos de compensação que deu, quando nada o justificava, o que provocou a estupefacção e uma “gargalhada” geral no Estádio Barjona Freitas.

A equipa visitante foi a primeira a criar perigo e, aos 10’, Bruno Coutinho sentiu o toque na área e caiu, com o árbitro a assinalar grande penalidade. Chamado a converter, o ponta-de-lança permitiu a defesa do jovem Fábio Nogueira. Perdida esta oportunidade soberana, “Os Pinhelenses” acusaram o penalti falhado e permitiram o crescimento dos homens da casa. Aos 18’, Vítor Graça foi derrubado na área contrária, mas João Gaspar mandou seguir. A partida estava a ser mal disputada, mas o Manteigas chegou ao primeiro golo na sequência de uma bela jogada. Depois de vários passes ao primeiro toque, Vítor Graça deu para o seu irmão gémeo David que tirou um adversário da frente e rematou colocado, com Boneco a defender para a frente onde surgiu Marcelo, oportuno, a fazer o 1-0. Aos 29’, Zé Santos poderia ter empatado mas falhou o remate depois de bom passe de Bruno Coutinho. Entretanto José Vaz trocou Kiko por Nelo. Nesta altura era o Manteigas quem dominava e num cruzamento/remate, Marcelo fez a bola roçar o poste. Já perto do fim da primeira parte, Ginha viu o vermelho directo, com o árbitro a assumir um protagonismo excessivo. As formações recolheram aos balneários, tentando serenar os ânimos que se exaltaram após a expulsão do número 21 visitante.

No segundo tempo, mau grado terem menos um elemento, os homens da “cidade-falcão” entraram dispostos a virar o rumo dos acontecimentos e logo aos 48’ Zé Santos atirou ao lado. De seguida, Moura poderia ter elevado para 2-0 mas rematou por cima depois de Marcelo o isolar. Francisco Cipriano mexeu então no onze fazendo entrar Beto para o lugar de David, numa altura em que os pinhelenses “carregavam” mais. O problema é que aos 75’ Marco Cruz viu o segundo amarelo e deixou a sua equipa a jogar com nove unidades. Mas o Pinhel não baixou os braços e por mérito próprio, ou com um “empurrãozinho” da equipa de arbitragem – que quis talvez remediar os muitos erros cometidos, remeteram o Manteigas para a defesa. Quando já se esperava pelo apito final, o árbitro deu 15 minutos de compensação (sic), mas as paragens em nada o justificaram. Os visitantes procuraram desenfreadamente o empate, só que mais com o coração do que com a cabeça. Contudo, aos 101’, Vítor Graça isolou-se, ludibriou Boneco e atirou para a baliza sentenciando a partida. Pouco depois, o jogo chegou ao fim com alguns ânimos mais exaltados. O árbitro fez um mau trabalho, prejudicando aquilo que se esperava ser um bom jogo de futebol.

José Luís Costa

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