Cerca de 100 figurantes, militares e atores recriaram no domingo, na estação dos caminhos de ferro da Guarda, a chegada dos primeiros elementos da GNR à cidade, em 1914.
A iniciativa foi organizada pelo Comando Territorial da Guarda, com a colaboração da Câmara, REFER e CP. Tal como há cem anos, a 2 de dezembro de 1914, a primeira companhia da GNR chegou à cidade de comboio e era composta por cerca de 140 elementos. Apesar da chuva, várias centenas de guardenses concentraram-se junto à estação e assistiram à chegada de um pelotão fardado à época (composto por um oficial, três sargentos e 16 guardas). À espera dos militares estavam, como aconteceu na altura, o povo e atores que representavam o Governador Civil e o presidente da Câmara. No final, o comandante do Comando Territorial da Guarda referiu que para a preparação desta recriação foi «necessário muito trabalho». A ação teatral foi encenada por Américo Rodrigues, tendo o tenente-coronel José Gomes realçado que, sem a sua colaboração, não teria sido possível organizar um evento de forma «tão fiel às origens da GNR» na cidade.
Já o presidente da Câmara da Guarda considerou o evento «muito bonito» e disse que foi uma ideia «feliz». Álvaro Amaro referiu a importância da preservação do património histórico e da cultura local, sustentando que «nenhuma cidade tem futuro se, no presente, não honrar a sua história». As comemorações do centenário da GNR da Guarda terminaram com uma cerimónia militar no semi-coberto do Parque Urbano do Rio Diz. Presente na cerimónia, o segundo comandante geral da GNR, o major-general Agostinho Dias da Costa, não se quis comprometer com uma data para o início das obras de um novo quartel da GNR: «Faltaria à verdade se dissesse que esse é um assunto que esteja em agenda», salientou o oficial.
