O Primeiro-Ministro poderá estar brevemente na Covilhã a convite da Universidade da Beira Interior (UBI) para inaugurar a nova residência da instituição, que se chamará Pedro Alvares Cabral. Durão Barroso terá sido convidado para estar presente nas comemorações dos 18 anos da UBI, mas essa disponibilidade ainda não tinha sido manifestada pelo gabinete do PM até ao fecho desta edição. No entanto, e pelo que “O Interior” pôde apurar, mesmo que Durão Barroso não esteja presente no próximo dia 30 de Abril, a sua presença é quase certa para inaugurar a nova residência.
A única certeza, para já, é que a ministra da Ciência e do Ensino Superior (MCES) estará na cerimónia a realizar durante a tarde de 30 de Abril, data da efeméride, onde assinará com a UBI um contrato-programa para que a instituição aposte em áreas prioritárias do ensino e modernização: Medicina e os cursos ligados às artes, como Cinema e Arquitectura. A celebração deste contrato-programa permitirá que a universidade possa obter mais verbas para implementar novas metodologias pedagógicas, uma vez que há um conjunto de acções previstas nestes programas para melhorar a prestação e a qualidade do ensino. A inauguração da nova residência da UBI, junto ao pólo Ernesto Cruz, na Estrada do Sineiro, será outro dos pontos altos das comemorações. Com esta nova estrutura, os Serviços de Acção Social contarão com mais 330 camas, aumentando assim para 800 o número de camas disponíveis para os 80 por cento de alunos deslocados que frequentam a UBI. Graças a esta residência, que representa um investimento superior a cinco milhões de euros, a instituição coloca-se na fileira das universidades com mais apoio social aos estudantes.
Para além dos discursos do reitor, do presidente da Associação Académica (AAUBI) e de Maria da Graça Carvalho, o Dia da Universidade ficará ainda marcado pela entrega de cartas doutorais, prémios escolares e bolsas de mérito, bem como de medalhas a docentes e funcionários que completaram 20 anos de serviço ou que se aposentaram até à data. Entretanto, o Conselho Científico deverá decidir, na próxima terça-feira, o número de vagas a propor ao MCES para o próximo ano lectivo. De acordo com o reitor, poderá «haver um aumento» em relação às 1.076 vagas atribuídas à instituição no ano passado, até porque a UBI pretende «passar de 60 para 80 ou 90 vagas em Medicina». Assim, a proposta das vagas a receber no próximo ano lectivo nas mais de três dezenas de licenciaturas – que a UBI e todas as instituições terão que propor até ao final do mês – deverá exceder as 1.100 vagas. A área de Saúde será, sem dúvida, a mais beneficiada com o aumento de vagas. É que a tutela já disse ser esta a única área em que tal crescimento será permitido. Quanto aos restantes cursos, os mais procurados e considerados estruturantes para o país e desenvolvimento da instituição deverão obter também um reforço. O objectivo é retirar ou diminuir as vagas nos cursos menos procurados, caso de Matemática Aplicada (Estatística e Computação).
Liliana Correia
