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Viver na Guarda

Em estudo recente publicado pelo semanário “Expresso”, a Guarda foi considerada a 23ª cidade do país em termos de qualidade de vida! Será? Não me parece! As condições que a cidade da Guarda oferece aos seus munícipes e, mais importante que isso, as condições que colocará num futuro próximo são das melhores do país. A nova biblioteca, a nova sala de espectáculos, o Centro de Estudos Ibéricos colocam a nossa cidade na linha da frente relativamente a infraestruturas de âmbito cultural. Que ninguém duvide que a aposta de desenvolvimento desta região e deste país é a aposta na Cultura! O grande mérito que se pode dar a esta cidade é a aposta que tem sido feita na promoção de eventos culturais. Neste aspecto estamos entre as melhores!

A qualidade de vida é não só a que nos é oferecida mas também aquela que nós procuramos. O sedentarismo e comodismo das pessoas faz com que, proporcionalmente à menor actividade física e cultural, aumentem as queixas do tipo: «Aqui não há nada para fazer!!». Para a dimensão da cidade da Guarda, os equipamentos de que dispomos são dos melhores do país. É evidente que não temos vários teatros, dezenas de salas de cinema, universidades, etc. Existem equipamentos e serviços que só podem ser fornecidos por cidades com uma maior centralidade. Para um país com dificuldades financeiras, a descentralização de alguns equipamentos e serviços é demasiado cara. De que nos interessa ter um teatro exclusivamente para ópera se a nossa cidade ainda não está educada para ir a ver um espectáculo qualquer, por menor que seja a sua dimensão!

Temos de incutir nas pessoas a necessidade da cultura, seja ela qual for. Não podemos ter uma cultura de sedentarismo queixoso.

João Lopes, carta recebida por e-mail

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