Cultura

Centro Cultural da Guarda organiza espetáculo solidário

Centro Cultural (1)
Escrito por Efigénia Marques

No próximo sábado, o Centro Cultural da Guarda vai organizar um espetáculo solidário em nome de Afonso Ferreira, bisneto da Rosinha, um dos elementos mais antigos e figura icónica da coletividade. A iniciativa decorre a partir das 21 horas no auditório dos Serviços Sociais do Instituto Politécnico da Guarda, na Rua Soeiro Viegas, e foi pensada no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos.
«Há cerca de um ano, em março de 2023, os dois bisnetos da Rosinha (gémeos), a residir em França, estavam a brincar num carro velho – que, com certeza, teria algum problema – e certo é que, quando um deles deu à ignição, o carro explodiu.  Afonso Ferreira ficou com múltiplas queimaduras e, apesar de já ter passado por algumas cirurgias, ainda há muito por fazer. O jovem ficou com parte do rosto, das mãos e do peito queimadas (30 por cento do corpo) e esta família vai ter de gastar muito dinheiro. Falamos de uma criança cuja bisavó, avó e mãe andaram no Centro Cultural», adianta Albino Bárbara, para quem a instituição «não poderia virar as costas» a esta família.
Por isso mesmo, o espetáculo terá um valor de entrada simbólico, sendo que «as pessoas podem dar o valor que entenderem porque todo o dinheiro angariado será oferecido ao bisneto da Rosinha, Afonso Ferreira», adianta o presidente do Centro Cultural da Guarda, que faz questão de sublinhar que a coletividade «nasceu antes da Revolução dos Cravos», a 17 de novembro de 1962. «Portanto, ultrapassou a crise do associativismo, o PREC, em que muitas associações desapareceram…», recorda. Com 62 anos de existência, o Centro Cultural da Guarda traz «dinâmica cultural à cidade, à região e ao país» e envolve nas várias valências «centenas de pessoas». E assim sendo, falando pelos membros da organização, «achámos por bem que tivéssemos em consideração aquilo que é o espírito do 25 de Abril e a forma solidária que o 25 de Abril representa».
Juntam-se assim duas vontades: a de não deixar passar em claro «o marco dos 50 anos do 25 de Abril e a vontade de ajudar alguém – neste caso uma criança com ligações ao Centro Cultural da Guarda». O espetáculo vai envolver todas as valências da instituição.

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Efigénia Marques

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