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Cursos de Especialização Tecnológica arrancam em 2005

UBI aguarda apenas pelo apoio financeiro do Ministério da Ciência e do Ensino Superior

A partir de Janeiro de 2005, a Universidade da Beira Interior (UBI) e as escolas secundárias Campos Melo e Frei Heitor Pintor na Covilhã e a secundária do Fundão deverão passar a ministrar quatro Cursos de Especialização Tecnológica (CET), dirigidos a alunos que tenham completado o 12º ano de escolaridade. O anúncio foi feito pelo coordenador dos cursos, o vice-reitor Luís Carrilho, à margem da conferência “O ensino profissional em Portugal”, proferida por Joaquim Azevedo, administrador da Associação Empresarial de Portugal (AEP) e ex-secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário durante os Governos de Cavaco Silva, no âmbito das comemorações dos 120 anos da Escola Secundária Campos Melo.

Criados pelo Ministério da Educação para colmatar a carência de quadros intermédios especializados para as empresas, os CET oferecem uma formação pós-secundária de nível IV, podendo funcionar em escolas secundárias, profissionais, centros de formação e estabelecimentos do ensino superior. Assim, e tendo em conta a experiência desenvolvida na Escola Tecnológica da Beira Interior (ESTEBI) sediada no CITEVE, a UBI propôs a criação dos cursos de Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos na escola Frei Heitor Pinto e de Desenvolvimento de Produtos Multimédia e Aplicações Informáticas de Gestão na escola Campos Melo, ambas na Covilhã. Para a secundária do Fundão estão previstos os cursos de Automação, Robótica e Controlo Industrial e Aplicações Informáticas de Gestão. Estas propostas abrangem as áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação, Ciências Empresariais e Electrónica e Automação de modo a fornecer aos alunos uma especialização tecnológica, permitindo-lhes também o acesso ao ensino superior através de uma candidatura especial para o efeito.

Segundo Luís Carrilho, apenas falta o financiamento necessário para que os cursos possam «ser apoiados daqui a dois anos pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior como cursos normais do ensino superior». De resto, os professores e as entidades envolvidas estão «a trabalhar quase 24 horas por dia para reestruturar as propostas em conjunto com as escolas secundárias», explica o coordenador dos CET. Em vista, está também a possibilidade de desenvolver estes cursos em horário pós-laboral para «atrair pessoas que já estão no mercado de trabalho e que querem valorizar-se profissionalmente», adianta Luís Carrilho. Por sua vez, Joaquim Azevedo elogiou a criação destes cursos na região, já que têm uma taxa de empregabilidade de «100 por cento», assegurou, referindo o êxito dos cursos tecnológicos desenvolvidos há alguns anos pela Associação Empresarial de Portugal. Com a duração de um ano e meio, os CET estão divididos por três semestres lectivos e um último destinado a um estágio profissional, fornecendo aos alunos um Diploma de Especialização Tecnológica (DET) no final.

Liliana Correia

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