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Audiofiili #10

Opinião – Ovo de Colombo

E pronto. Chegámos à décima edição do Audiofiili. E nada melhor do que festejar com alguns dos álbuns que estarão certamente nas listas que se fazem em retrospetiva lá para dezembro. Nesta edição vamos começar pelas senhoras e dar a conhecer ao mundo Natalie Prass (na foto). A Natalie é uma senhora que se estreou no mundo da música aos 29 com um álbum homónimo capaz de fazer inveja a muitos veteranos da folk americana. Apesar de Natalie ter uma sonoridade cheia de influências jazz, dá vontade de dizer que é a prima mais nova de Leslie Feist, que também deambula por entre melodias melodramáticas e outras que nos enchem de felicidade. No primeiro álbum de Natalie Prass recomenda-se “Bird Of Prey”, “Christy”, “Why Don’t You Believe In Me” e “It Is You”.

Seguidamente damos uns passinhos para o lado no mundo da folk e encontramos Joshua Tillman, mais conhecido por Father John Misty, esse mesmo que vai atuar em Paredes de Coura mais tarde neste ano. O sr. Tillman já não é novo nestas andanças, já faz música a solo desde 2004 e fez parte de uns dos projetos mais importantes da folk deste século, os Fleet Foxes. Apesar de ser óbvia a experiência, é em 2015 que Father John Misty conhece a fama especialmente por ter as duas melhores músicas de amor que ouvirão neste ano: “Honeybear” e “Chateau Lobby #4” são absurdamente geniais e “Ideal Husband” também merece ser ouvida.

Finalmente, num formato mais eletrónico, apresenta-se Romare. Romare é um DJ que nos traz música do futuro, como “Teebs”, “Mount Kimbie” ou “Flying Lotus”. No seu último álbum, as sonoridades space-funk dançáveis num espectro de ambiência eletrónica são um grande ponto a favor, tornando “Nina’s Charm”, “Work Song”, “Roots”, “Prison Blues” paragens obrigatórias para amantes da eletrónica inteligente.

João Gonçalves

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