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Abu Ghraib

Saliências

Devo começar por assumir a minha simpatia para com a América e a sua forma peculiar de ser a estrutura dirigente do Mundo. Azar o nosso, são eles a mandar e nós não. Pode até ser inveja mas imaginem o Louçã ou o Rogeiro a decidir das coisas do Mundo e das idiossincrasias dos poços de petróleo. Imaginem a complexidade do 11 de Setembro nas Torres do Lumiar. Imaginem milhares de feridos a chegar a Stª Maria num momento único e imprevisto. A catástrofe seria o desgoverno e a maluqueira convertidas em anedotas. Abu Ghraib é uma vergonha denunciada pelos próprios americanos e conduzida rapidamente a julgamento pelos próprios. Ninguém nega nada e a chocante realidade está ali para ser vista e criticada. Um bando de idiotas e de estúpidos conduziu a irracionalidade à prisão. Os críticos rejubilaram e em Portugal houve quem fizesse comentários ímpares de denúncia dos americanos. Acontece que um bando de facínoras não é a América e gente estúpida semeou Deus em iguais proporções pelo Mundo fora. Recordo uma esquadra em Sacavém onde até se decapitou um preso. Recordo as nossas prisões, onde sem guerra nem terrorismo, se têm suicidado inúmeros jovens. Recordo a Amnistia Internacional denunciando as cadeias portuguesas. Enfim, os estúpidos andam por aí e ninguém está livre de os encontrar. Uma solução está em escolher melhor aqueles a quem se distribuem as tarefas. Os porteiros podem destruir uma casa. A higiene pode arrumar com uma instituição. Abu Ghraib é um bom exemplo a não esquecer.

Por: Diogo Cabrita

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