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Hélio Fazendeiro candidata-se a secretário-geral da JS

Presidente da Federação Distrital da JS de Castelo Branco apresentou candidatura no sábado, depois de a ter tornado pública em Lisboa

“Uma JS de ideais, por uma cidadania activa” é o projecto que Hélio Fazendeiro, actual presidente da Federação Distrital da Juventude Socialista (JS) de Castelo Branco, apresenta para o cargo de secretário-geral da “jota” no XIV Congresso Nacional, a decorrer de 16 a 18 de Julho. Aproveitando a tomada de posse, no último sábado, de José Miguel Oliveira como líder da JS da Covilhã, Hélio Fazendeiro apresentou publicamente a sua candidatura no distrito, um dia depois de ter sido apresentada em Vila Franca de Xira.

Com este projecto, Hélio Fazendeiro pretende abrir um «novo ciclo político e uma nova etapa» para voltar a dar à JS a «visibilidade» que teve em tempos. «A JS tem perdido muito do seu tempo em guerras internas e é preciso acabar com essa lógica. É preciso fazer uma reforma na estrutura para aumentar a sua operacionalidade e a qualidade dos dirigentes», refere o jovem de 26 anos, estudante na licenciatura de Engenharia de Produção e Gestão Industrial (EPGI) da Universidade da Beira Interior, membro da Assembleia Municipal da Covilhã e antigo candidato à Junta de Freguesia da Conceição. No fundo, trata-se de um projecto de «transformação e de inconformismo», no âmbito do qual a JS deverá aparecer «com um discurso renovado e vanguardista para dar resposta aos grandes problemas que hoje afectam a juventude», sem no entanto «deixar cair as bandeiras do passado», como a interrupção involuntária da gravidez ou a toxicodependência. O que importa é «adequar o discurso político à realidade actual e ao tempo em que vivemos», acrescenta o candidato da Beira Interior. Para Hélio Fazendeiro, é essencial que a JS estabeleça «um contrato de confiança» com os jovens, de modo a que estes se revejam nela e saibam que têm no PS um «palco privilegiado de intervenção cívica e política na sociedade».

Para além de Hélio Fazendeiro, estão na corrida à sucessão de Jamila Madeira mais três candidatos: Pedro Santos (Aveiro), João Ribeiro (Aveiro e antigo secretário-adjunto da líder cessante) e Luís Filipe Pereira (Coimbra). No congresso, onde estarão representados 1.022 delegados, o candidato da Beira Interior já conseguiu assegurar um «apoio muito expressivo» nas duas maiores federações: em Lisboa, «onde conta com o apoio maioritário» dos 132 delegados e no Porto (121), para além de apoios em Santarém, Viana do Castelo, Coimbra e, claro, em Castelo Branco (cerca de 30) que está «unido em torno desta candidatura». Apenas falta saber a posição da Federação da Guarda, que poderá levar ao XIV Congresso Nacional 36 delegados em virtude da criação de novos núcleos. «Gostaria muito de contar com o apoio da Guarda pela afinidade regional que existe. A Guarda e a região só podem ter peso político se tiverem pessoas da região nos órgãos de decisão», adverte Hélio Fazendeiro, para quem a região teria «nesta candidatura um espaço de intervenção privilegiado». Um apoio que o presidente da Federação da Guarda, Cláudio Rebelo, não pode garantir para já. «Estamos numa fase de análise interna e queremos saber o que os quatro candidatos têm a dar ao interior», justifica. Apesar de admitir alguma «convergência entre as ideias», Cláudio Rebelo diz que não pode tomar qualquer decisão «apenas pelas conversas. É necessário que o Hélio venha à federação apresentar o projecto político», argumenta, o que de resto deverá acontecer já este fim-de-semana.

Liliana Correia

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