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«A Comissão Florestal deve ser uma espécie de quórum»

Cara a Cara

P – Qual o trabalho que a Comissão Florestal do NERGA tem desenvolvido desde que foi criada, em Agosto do ano passado?

R – Nós temos cumprido os objectivos previstos na sua criação. Isto é, servir de interface entre as associações e grupos florestais do distrito da Guarda e as várias entidades. Assim, pretendemos que a Comissão Florestal seja uma espécie de quórum, com uma visão empresarial mais alargada da prevenção dos incêndios. Ajudamos com os projectos, as candidaturas, as dificuldades, entre outros aspectos que pesam nas associações e que nós tentamos de alguma forma minimizar.

P – Quantos associados tem?

R – Neste momento a comissão tem cerca de 22 associados, os quais não representam ainda todo o distrito. Mas acreditamos que isso irá acontecer muito em breve. Daí, também, esta campanha de divulgação e prevenção por todos os concelhos. Esta Comissão também integra o concelho de Penamacor.

P – E quais os parceiros?

R – Nesta fase de arranque os parceiros são as associações de produtores florestais de quase todos os concelhos, empresas da área florestal, as entidades oficiais (como o Núcleo Florestal da Guarda) e um elemento da direcção do Nerga. Durante o seminário convidámos também o novo serviço da GNR – Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente – para integrar a comissão. Entretanto, vamos fazer parcerias com universidades e politécnicos. Aliás, já está a ser estabelecido um protocolo com o Instituto Politécnico da Guarda, através da Escola Superior de Tecnologia e Gestão.

P – Já será possível fazer um balanço, apesar da comissão ainda não ter concluído um ano de existência?

R – Sim. Já realizamos duas actividades com algum impacto. Em Setembro do ano passado apresentámos o seminário sobre “O Sector Florestal no distrito da Guarda, que perspectivas e oportunidades”. E na semana passada, organizámos um outro subordinado ao tema “Associações e Empresas – Uma só Floresta”. Trata-se de uma iniciativa que visa não só dar a conhecer os incentivos ainda disponíveis no III Quadro Comunitário de Apoio para o sector florestal, como também abordar a importância das parcerias entre associações e empresas desta área. Como a “Floresta é só uma”, entendemos que há espaço para essa cooperação entre empresas e associações. E outras iniciativas virão…

P – Qual a importância da campanha de sensibilização lançada na semana passada?

R – Trata-se de uma campanha móvel com especial destaque para a prevenção. A campanha baseia-se numa vertente mais virada para as crianças e jovens, porque entendemos que se torna mais fácil atrair as crianças e depois entrar na célula familiar. O entusiasmo dos mais novos, com as abelhas ou os sapos, acabam por arrastar os pais para o stand móvel, onde vão encontrar a informação detalhada por concelho. Nesta primeira fase, o veículo vai estar em todas as sedes de concelho, de Julho até Setembro. Começou na semana passada em Penamacor, depois segue para Figueira Castelo Rodrigo, Almeida, Sabugal e por aí adiante. A partir de Setembro vai visitar todas as escolas do distrito. Enfim, é uma campanha nova e o principal destaque é a problemática dos incêndios e a prevenção.

P – A aposta na prevenção é uma prioridade?

R – Sim, sem dúvida. Entendemos que, prevenindo, consegue-se evitar muitos incêndios. Por isso um dos nossos maiores aliados terão que ser os bombeiros. Penso que a presença dos bombeiros, tal como da Protecção Civil, vai ser bastante produtiva.

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