Os acessos e a visitação aos núcleos de arte rupestre da Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos, no Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) foram melhorados durante o confinamento e reabriram recentemente ao público.
Segundo Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, os trabalhos de requalificação foram efetuados por trabalhadores do PACV e incidiram «no arranjo e melhoramento dos acessos aos três locais mais visitados». Foram ainda consolidados muros e outras estruturas afetas aos referidos núcleos, que são autênticos santuários da arte rupestre mundial, tendo sido plantadas árvores e arbustos autóctones. «Estas intervenções tiveram em conta a reabertura do parque arqueológico», no passado dia 5, justificou a responsável, adiantando que os visitantes também passaram a poder conhecer as gravuras através de percursos a cavalo. «Foi estabelecida uma parceria com um agente privado para promover passeios equestres, como forma de melhor conhecer a arte do Côa», disse Aida Carvalho.
As visitas a cavalo poderão ser realizadas todos os dias, sujeitas a marcação, entre fevereiro e outubro, com partida do Centro de Receção de Visitantes de Castelo Melhor e destino ao núcleo da Penascosa. «O percurso será orientado por um monitor de equitação e por uma equipa de técnicos da Côa Parque, tendo uma duração de três horas, pelo que está incluída a degustação de produtos locais nas margens do Côa», revelou a presidente da Fundação que gere o Museu do Côa e o PAVC. Esta nova forma de visita às gravuras rupestres vem juntar-se a outras já existentes, como as de caíque, a nado e, a partir de junho, através de uma embarcação movida a energia solar. Já as visitas noturnas serão mantidas e até reforçadas, porque são muito procuradas pelos turistas e investigadores, disse Aida Carvalho. «Com a ajuda da luz rasante, entre maio e setembro, estas gravuras atingem uma dimensão quase mágica», acrescentou a responsável.