Sociedade

Câmara da Guarda compra sede da ACG

Escrito por Jornal O INTERIOR

Espaço deverá acolher delegação distrital da Guarda do IMT

A assembleia de credores da Associação Comercial da Guarda (ACG) aceitou a proposta de 300 mil euros apresentada pela autarquia pelo edifício sede da instituição, no centro histórico, declarada insolvente. Trata-se de um valor bastante inferior aos 412.799,61 euros pedidos nos leilões já realizados.

Segundo Carlos Chaves Monteiro, o objetivo é instalar ali a delegação distrital da Guarda do IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) para libertar o edifício da antiga Direção de Estradas na Avenida Sá Carneiro. «O nosso objetivo prioritário é desocupar aquele espaço e avançar com as obras de adaptação para acolher o comando nacional da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS) da GNR», disse a O INTERIOR o presidente do município. De resto, o autarca foi esta terça-feira a Lisboa reunir com o Ministério da Administração Interna para dar andamento ao processo. Além da delegação do IMT, a antiga sede da Comercial poderá vir a acolher outros serviços, admitiu o edil, sem adiantar quais.

A proposta da Câmara da Guarda foi a única rececionada pelo administrador da insolvência da ACG, cujo património continua à venda no âmbito do processo de falência. A insolvência da ACG foi decretada pelo Tribunal da Guarda em fevereiro deste ano após a Assembleia de Credores chumbar o seu plano de recuperação. Em agosto de 2019, o relatório do administrador da insolvência, a que O INTERIOR teve acesso, concluía que o valor total de inventário da ACG é de 860.415,05 euros, resultantes do valor patrimonial de bens imóveis (404.705,50 euros), bens móveis (1.915 euros), verba histórica (4.500 euros), contas bancárias (747,41 euros) e conta de clientes (448.547,14 euros).

Estes valores constavam do balancete da instituição, datado de 31 de dezembro de 2017 e elaborado em fevereiro de 2019. Já o montante apurado na conta de clientes ia ser alvo de «tentativas de cobrança», que não surtiram efeito. Pelo contrário, a ACG devia na altura 1.372.215,88 euros aos credores constantes de uma lista provisória. Desse montante, 642.831,29 euros eram créditos subordinados e 571.335,40 créditos comuns. Havia ainda 158.049,19 euros considerados como créditos privilegiados.

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