Cultura

Guarda: Cidades, Europa e Cultura em debate no TMG

Escrito por Sofia Craveiro

A conferência  “Capitais Europeias da Cultura – Passado e Futuro”, decorreu esta tarde no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda, sendo promovida pela Candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027.

O foco da sessão esteve nos elementos estratégicos das cidades e na forma como as candidaturas culturais podem ajudar a ultrapassar as suas fragilidades, que são específicas de cada contexto. No caso da Guarda, a candidatura pode servir para contrariar a «marginalidade política, geográfica e/ou económica», conforma explicou Franco Bianchini, Professor do Cultural Policy e Diretor do Institute for Research on Culture and the Creative Industries at the Univerity of Hull, no Reino Unido (que falou por videoconferência). O painel de oradores incluiu ainda Cristina Farinha, Socióloga e membro do Painel de Seleção e Monitorização das Capitais Europeias da Cultura e Jonathan Goodacre, Senior Consultant, International at The Audience Agency (Reino Unido) e membro pedagógico da Fondation Marcel Hicter. Jean Pierre Deru, Diretor da Fondation Marcel Hicter moderou o debate.

A sessão foi realizada no âmbito do “Diploma Europeu em Administração de Projetos Culturais”, uma formação de âmbito europeu na área da Gestão Cultural que este ano se realizou pela primeira vez em Portugal. Este encontro, que reúne anualmente um grupo restrito de profissionais da área da Cultura de várias nacionalidades, teve início ontem e prolonga-se até à próxima quarta-feira na “Cidade Mais Alta”, sob a chancela da Guarda 2027. O curso é organizado e gerido pela Associação Marcel Hicter, desde 1989 e é descrito pela candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura como «uma excelente oportunidade de afirmação e projeção culturais». Tiago Pereira, guardense e membro da equipa de programadores da candidatura nas áreas de Inovação Comunitária e Expressões Populares é um dos participantes. 

 

A conferência contou também com a presença de Susana Menezes, Diretora Regional de Cultura do Centro, que  – durante as intervenções de abertura – destacou a importância da cultura para o «crescimento» das regiões. A responsável referiu ainda que «não haverá desenvolvimento sustentável sem  fortes e estruturadas políticas culturais», que disse serem muito importantes para a afirmação da região Centro.

Vítor Amaral, Vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, assumiu-se «satisfeito» com a realização do evento apesar da pandemia e frisou o facto de a candidatura da Guarda ter «mobilizado toda uma região de 17 municípios», sendo por isso uma «oportunidade para corrigir assimetrias regionais». Já Pedro Gadanho, diretor executivo da Guarda 2027, assumiu esperar que a cultura seja «um dos motores atratores de nova população para esta região» e informou que a candidatura tentará integrar temáticas relativas à «emergência climática» nas suas atividades.

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