Carlos Peixoto questionou o Governo sobre o que pensa fazer «para assegurar cabalmente os cuidados de saúde dos utentes» dos hospitais de Seia e Guarda, sem necessidade de transferência para Viseu e Coimbra.
Numa pergunta enviada à ministra da Saúde, o deputado do PSD eleito pelo círculo da Guarda refere, que os hospitais da Guarda e de Seia «continuam no grau zero das preocupações do Governo, que assiste impavidamente ao seu colapso sem desenhar nenhuma resposta ou estratégia capaz de inverter a sua morte lenta». Na sua opinião, nalgumas das suas especialidades, «as duas estruturas não passam de entrepostos ou salas de espera de ambulâncias que transportam os doentes para os hospitais de Viseu e de Coimbra, numa irracionalidade de gestão e de recursos que só em 2019 atingiu um custo superior a três milhões de euros, muito mais que o suficiente para contratar as dezenas de médicos que eram necessários à prestação de cuidados de saúde dignos da população do distrito da Guarda».
Segundo o social-democrata, o tempo de espera de consultas «continua a crescer obscenamente, estando já ao nível de países de terceiro mundo, como o demonstram os 803 dias da consulta de Oftalmologia em Seia, os 1.113 dias de consulta de ortopedia na Guarda, os 609 dias das consultas prioritárias de Cardiologia na Guarda e [os] 1.499 dias das consultas normais dessa especialidade».
No documento, o deputado alerta também que as instalações do Centro de Saúde de Seia «não servem» e o projeto do Pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins, na Guarda, «arrasta-se penosamente de promessa em promessa, de ilusão em ilusão e de campanha em campanha eleitoral, atingindo o seu exponente máximo em setembro de 2019, com o primeiro-ministro a aproveitar um seu comício na Guarda para garantir o arranque das obras que estão hoje tão paradas e distantes como nessa altura»
«Em que fase ou estado se encontra a proclamada intenção do Governo arrancar com a obra do denominado pavilhão 5 do Hospital da Guarda» e «quando estará o Governo em condições de nomear a nova administração da ULS», são outras das questões colocadas por Carlos Peixoto a Marta Temido.