P-Como vê a polémica com a lista que concorreu sem sequer existir qualquer matrícula do seu cabeça de lista. Considera que pretendiam desestabilizar as eleições?
R – Não considero a situação polémica. A forma como certos meios de comunicação social a trataram é que evidenciou esse lado, que em nada dignificou o nome da Associação Académica da Guarda. Os problemas ocorridos durante o processo eleitoral destabilizaram o espírito da Academia, no entanto, o calendário foi cumprido conforme o previsto e para a nossa lista correu tudo dentro das normalidades. Os problemas que fizeram com que a outra lista não entrasse na corrida em nada nos dizem respeito. Eram concorrentes mais que bem-vindos, pois haver duas listas a concorrer seria demostrativo do interesse da comunidade estudantil pelo associativismo. No entanto, estas situações não eram da nossa responsabilidade, uma vez que o órgão que gere o processo eleitoral é a Comissão Eleitoral.
P – Quais os seus objetivos para este mandato?
R – Dentro dos nossos objetivos destaco a continuidade da aproximação entre as várias Associações de Estudantes do IPG, nomeadamente da Escola Superior de Saúde, da Escola Superior de Turismo e Hotelaria, da Associação de Estudantes PALOP e da Associação Académica da Guarda (AAG). Também é importante trabalhar uma maior ligação entre a AAG e a direção geral do IPG. A abertura de uma sala de estudos na sede da Associação Académica é um dos objetivos, assim como o aumento da aproximação dos alunos dos TeSP’s (cursos técnicos superiores profissionais) à restante comunidade estudantil. A receção e consequente integração aos alunos provenientes de protocolos (Erasmus, Palop, etc.) também está na nossa lista e para que seja feita com sucesso foi criado um Departamento de Relações Internacionais.
P – Quais os principais problemas que enfrentam os estudantes do IPG?
R – O principal problema continua a ser o alojamento. Embora o Instituto tenha aberto uma terceira residência feminina (Gulbenkian), ainda há uma grande escassez de camas. Os quartos de aluguer privado estão cada vez mais caros e, no Inverno, as despesas com aquecimento e luz são muito elevadas. Realça-se também a falta de uma sala de estudo aberta para toda a comunidade estudantil, uma vez que o horário da biblioteca é muito curto (funciona apenas até às 20 horas) e para noites de estudo e realização de trabalhos de grupo limita muito os alunos.
P – Qual a maior prioridade a resolver neste momento?
R – Sem dúvida que uma das prioridades é solucionar o problema da sala de estudo, que deve estar aberta 24 horas ou com um horário mais alargado para que os alunos se sintam mais motivados.
P – As recentes alterações aos transportes para o IPG vão de encontro às necessidades dos estudantes?
R – Ainda não fizemos uma avaliação da utilização dos transportes por parte dos estudantes do IPG, mas temos a certeza que foi uma mais valia e foi uma luta da nossa parte que teve sucesso. Pelo menos existem e os estudantes já tem essa opção.
P – A baixa participação dos alunos nestas eleições fragiliza a Associação Académica?
R – O número não diferiu muito do ano passado. Temos de ter também em conta que as eleições são realizadas no final do ano, altura em que muitos estudantes já se encontram em estágio ou não estão na Guarda. De facto, este ano tivemos uma subida de votantes na Escola Superior de Saúde. De resto as eleições em nada fragilizam o normal funcionamento do trabalho que será continuado no próximo ano. Faremos tudo pelos alunos e tentaremos ir sempre de encontro às suas necessidades.
Perfil de João Nunes:
Presidente da Associação Académica da Guarda
Idade: 25 anos
Profissão: Estudante
Naturalidade: Oliveira do Hospital
Currículo: Frequenta a licenciatura em Engenharia Informática no IPG. Foi eleito Presidente da Associação Académica pela segunda vez
Livro preferido: não responde
Filme preferido: não responde
Hobbies: não responde
(o entrevistado considerou que os parâmetros do perfil relativos às suas preferências pessoais não eram relevantes para a entrevista)