A candidata presidencial Maria de Belém visitou a Guarda, na tarde de segunda-feira, num dia de campanha dedicado ao interior.
A Cercig (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados) e o Instituto Politécnico foram os locais de passagem, onde a candidata falou do dever do Presidente da República de «investir na coesão territorial e na redução das assimetrias de desenvolvimento entre o litoral e o interior». Maria de Belém lembrou que segundo a Constituição da República esta é «uma das tarefas fundamentais do Estado» e por isso, «o Presidente da República tem que colaborar com a sua magistratura e capacidade que tem para mobilizar, sensibilizar e inspirar».
Neste ponto de paragem para mais uma iniciativa da campanha para as eleições de domingo foi visível a falta de apoiantes à socialista. Para Maria de Belém isso tem uma explicação fácil, pois considera a sua campanha «sóbria», sem cenários de mobilizações, «todos sabemos que há cenarizações que se preparam e que todos os candidatos que conseguem fazer essas grandes mobilizações normalmente têm por trás quem os ajuda a fazer isso».
A antiga presidente do PS prefere o contacto pessoal e «mostrar os problemas que existem» às multidões que «significam muitas vezes máquinas por trás que fazem a junção de pessoas».
«Dar voz a quem não tem voz» é um dos lemas da ex-presidente do PS e antiga ministra de Saúde e da Igualdade nos governos de Guterres.
Vitorino Silva esteve em Almeida
Na passada quinta-feira foi Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, quem passou pelo distrito da Guarda. O candidato esteve em Vila Nova de Foz Côa e Almeida para denunciar um país a duas velocidades.
«Não quero um país em que haja o Portugal de cima e o Portugal de baixo, o Portugal do litoral e o Portugal do interior. Quero um Portugal como um todo, essa é a razão de estar aqui a dizer ao povo que o interior para mim também conta», disse Vitorino Silva. O candidato recordou também que houve «muita gente capaz» que partiu e fez sucesso em Lisboa ou no Porto. Por isso, com esta visita pretendeu ainda «falar para aquela gente que tem as raízes no interior e que são muitos. Não tenham medo de voltar que é para equilibrar melhor o país», afirmou.