Maior proximidade aos estudantes é um dos principais compromissos dos novos corpos sociais da Associação Académica da Guarda (AAG) que tomaram posse na passada quinta-feira. Rodrigo Gonçalves foi eleito, com 796 votos, num sufrágio que aconteceu no passado dia 15 de Dezembro e que levou às urnas cerca de 1.500 estudantes do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).
O jovem estudante de Comunicação e Relações Públicas pretende que neste mandato haja uma «maior proximidade com os estudantes», prometendo, simultaneamente, estar do lado destes em todas as lutas. Rodrigo Gonçalves frisou que estará atento a todos «os ataques permanentes por parte do Ministério» ao ensino superior e a todas as medidas propostas. O dirigente lamenta, ainda, que o financiamento do ensino politécnico, que representa cerca de 40 por cento do ensino superior do país, seja «injusto», tal como a atribuição das bolsas, afirmando que há «um sério prejuízo para os bolseiros deste subsistema». Nesse sentido, uma das suas principais lutas vai ser por uma acção social «mais justa». Mas há mais. O presidente mostrou-se preocupado com a questão da integração do IPG na Universidade da Beira Interior, adiantando que a AAG é «totalmente contra». O aumento das propinas também não foi esquecido durante o discurso. «Cada vez as propinas são maiores e o investimento na qualidade é inferior, assim milhares de estudantes estão a ser postos de lado no ingresso no ensino superior e isto é uma forma de privatização», realçou. Por outro lado, o novo presidente lembrou que foi-lhes prometido que as propinas não iriam subir pelo menos até 2008, avisando que irá «cobrar essa promessa».
A dívida da AAG à TMN foi uma das principais “dores de cabeça” da anterior direcção e agora um dos “fardos” herdados por Rodrigo Gonçalves. A empresa de telecomunicações alega que a AAG tem uma dívida de 11 mil euros. Contudo, o dirigente afirma que esse é um valor de indemnização e não uma dívida, pelo que considera que a associação «não tem a obrigação de pagar» e adianta que já foi pedido um recurso. «Nós se temos que pagar alguma coisa pagaremos as facturas que temos consumido, que rondam os 1.500 euros», disse. Apesar de tudo, o jovem de 25 anos, natural de Braga, acredita que será um mandato muito positivo e revigorante para a associação. «Penso que será um investimento muito positivo para mim e para a AAG, porque irei dar tudo de mim e porque é a minha única função profissional», afirma.