Perseidas

Escrito por António Costa

“O número de Perseidas observáveis por hora é muito variável. Num sítio bem escuro com um horizonte visual desimpedido podem ser ultrapassadas as centenas de observações por hora. “

Anote esta data: noite de 12 para 13 de agosto. Nesta noite observará uma chuva de estrela cadentes, um fenómeno anual que ocorre entre 17 de julho e 24 de agosto, resultado de detritos rochosos deixados pelo cometa Swift-Turtle. De notar que este cometa foi observado pela primeira vez em 1862.
A chuva de estrelas cadentes ou chuva de meteoros das Perseidas – assim denominada por estes meteoros surgirem a Nordeste, junto à Constelação de Perseus – são um fenómeno regular, que acontece todos os anos por volta do dia 12 de agosto. A noite de 12 para 13 de agosto é o pico máximo, mas desde o final de julho que já são visíveis alguns destes meteoros a “rasgar” o céu. Este é um ano excelente para observar este fenómeno porque de 12 para 13 de agosto a Lua encontra-se em fase de lua nova, o que torna a noite particularmente escura.
As estrelas cadentes não são mais do que meteoros que se apresentam como pequenos pedaços rochosos, a maioria menor que uma ervilha, que entram na atmosfera a uma velocidade média de 221.400 quilómetros por hora. Aparecem pontos luminosos no céu porque o atrito que os meteoros causam na atmosfera, devido à velocidade média muito elevada, aumenta a sua temperatura até ficarem incandescentes.
O número de Perseidas observáveis por hora é muito variável. Num sítio bem escuro com um horizonte visual desimpedido podem ser ultrapassadas as centenas de observações por hora. Contudo, o número de meteoros por hora pode variar muito rapidamente atendendo à densidade dos fragmentos, pelo que previsões corretas sobre o número específico de meteoros são difíceis de realizar.
Nota-se que para disfrutar deste fenómeno astronómico não é necessário utilizar nenhum tipo de instrumento ótico, basta seguir estas três dicas:
– Escolher um local de observação bastante escuro. A zona/região para realizar a observação não é crucial porque são observáveis em grande parte do Hemisfério Norte.
– Fazer a observação deitado. Como ninguém consegue ver todo o céu ao mesmo tempo, a melhor posição para observar as Perseidas é deitado no chão.
– Evitar qualquer fonte de luz de artificial. A não utilização de um telemóvel ou outro dispositivo eletrónico ajuda a uma rápida adaptação à escuridade, conduzindo a uma melhor visão noturna.

Boas observações!

Sobre o autor

António Costa

Leave a Reply