A Urgência do Hospital Sousa Martins vai ser redimensionada para dar resposta ao «grande número de doentes, Covid e não Covid» que têm dado entrada no serviço desde 1 de janeiro.
Esta quarta-feira foram divulgadas imagens de dezenas de doentes acamados nos corredores na Urgência geral da unidade hospitalar da Guarda, o que levou a administração a reunir de emergência para solucionar um problema que resulta do facto das duas alas Covid ocuparem grande parte do internamento geral.
Esta manhã, Adelaide Campos, diretora da Urgência, adiantou aos jornalistas que os doentes Covid vão ser retirados para a sala E, no pavilhão 5 onde em tempos funcionou a Urgência Geral, de forma disponibilizar espaço para os doentes não Covid. «Além disso, temos que garantir o escoamento rápido dos doentes Covid que vêm à Urgência para internar de modo a que não haja grande acumulação de doentes no serviço», acrescentou a médica.
Adelaide Campos reconheceu que há acumulação de doentes na Urgência, mas recusou falar em caos ou descontrolo: «O que há é um cenário de grande esforço, mas de controlo, não temos doentes abandonados, sem serem vistos, Há é doentes que não estão bem acomodados, que estão muito tempo em situações que não são desejáveis. E nós não queremos isto para os nossos doentes, mas é aquilo que podemos dar neste momento. Vamos ver se dentro dos próximos dois dias conseguimos arranjar mais espaço e mais profissionais», afirmou.
Contudo, a responsável avisou que médicos e enfermeiros estão «muito cansados, próximos do limite», até porque «todos sabemos que os hospitais mais periféricos, do interior, têm muito menos gente que os outros. É uma sobrecarga muito grande, mas vamos continuar».