Sociedade

UBI colabora com a NASA em sistemas de navegação

Escrito por Sofia Craveiro

A Universidade da Beira Interior (UBI) está a estabelecer uma parceria com a NASA no âmbito de sistemas de navegação por satélite. «O trabalho é desenvolvido no âmbito do SEGAL, da UBI, que instala e monitoriza estações permanentes de GNSS em todo o planeta», segundo aquela instituição de ensino.

A parceria, que irá continuar no próximo ano, é estabelecida ao redor da ligação científica ao Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, o qual a UBI tem assumido a responsabilidade «de instalar estações permanentes de Global Navigation Satellite System (GNSS) em todo o planeta e depois apoiar o JPL na sua manutenção, através da monitorização da sua funcionalidade». Segundo a instituição de ensino há estações já instaladas desde a Gronelândia às Ilhas Fiji, inseridas num sistema que pode ser essencial para os mecanismos de alerta de catástrofes naturais.

«O trabalho desenvolvido com o JPL é feito através do laboratório SEGAL – Space & Earth Geodetic Analysis Laboratory, sediado no DI-UBI», que foi criado pela UBI e o Instituto de Geofísica Infante D. Luís, na área do posicionamento absoluto.

O SEGAL colabora com várias instituições científicas internacionais, mas, com a ligação ao JPL, a UBI está a cooperar com a instituição que, como laboratório da NASA, «mais contribui para o IGS – International GNSS Service, o qual é a base dos sistemas de referência modernos dos países, permitindo a georeferenciação de todos os objetos (cadastro, construção de infraestruturas e mapas entre outros)», salienta Rui Fernandes, docente do Departamento de Informática da UBI (DI-UBI) e coordenador deste trabalho. «O objetivo específico do JPL é estabelecer uma rede de estações que permita posicionar qualquer ponto em qualquer parte do mundo, em tempo real, com uma precisão de poucos centímetros, o qual é essencial para os sistemas de aviso de desastres naturais, nomeadamente terramotos e potenciais tsunamis», acrescenta o responsável.

Esta colaboração tem permitido a cada dois anos a realização de cursos de formação no processamento de dados GNSS e facilita o «acesso a dados e produtos que não são do domínio público e que permitem ao grupo fazer investigação de ponta», conclui Rui Fernandes.

 

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Sofia Craveiro

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