Para comemorar o Dia do Ambiente, a Câmara da Guarda promoveu esta segunda-feira uma conferência dedicada à “Gestão do Consumo de Água”.
«Falar de moderação do consumo de água é pensar no futuro sustentável do nosso território, da nossa comunidade. A disponibilidade adequada deste recurso é essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos, sendo vital para os humanos e praticamente fundamental em todas as atividades do nosso dia a dia», começou por mencionar Sérgio Costa, presidente da autarquia, na sua intervenção. Com «as alterações climáticas, o crescimento da população e o desenvolvimento das atividades económicas que têm colocado uma pressão cada vez maior sobre os recursos hídricos do nosso planeta, começamos a ter sérias dificuldades na gestão dos nossos recursos hídricos», alertou o autarca e por isso é necessário «combater o desperdício, educar consciências, valorizando a importância da água e os problemas associados ao seu consumo excessivo».
No que toca aos consumos da autarquia, Sérgio Costa revelou que «iremos iniciar uma revolução tecnológica digital na gestão da água por parte do município da Guarda. O controlo da regra dos nossos espaços verdes, com a implementação de um sistema de telegestão da rede de rega e instalação progressiva de sistemas de gestão e de rega inteligente. Por muito que nos custe, teremos que progressivamente reduzir a regra nos nossos jardins e nos nossos espaços verdes», lamentou. Mas foi Rui Melo, chefe de divisão de Ambiente do município, que revelou algumas das medidas adotadas para evitar períodos de seca como no ano passado. «Há cerca de dois meses começamos a instalar um sistema de telegestão de rega nalguns jardins, um projeto piloto, neste momento em cinco jardins, para ver se o sistema funciona», adiantou o responsável.
O aparelho consegue detetar fugas através do registo de água gasta num gráfico. «Num dos sistemas que foi instalado num dos jardins demos logo conta no primeiro dia que, depois das eletroválvulas fecharem, o sistema de rega daquele jardim continuava a gastar água porque a linha do gráfico que correspondia ao consumo de água não descia ao zero. Ou seja, havia uma perda de água contínua», sendo depois possível reparar a fuga e regularizar a situação. Rui Melo revelou que, na Guarda, há 800 válvulas para gerir, «o que representa um mês e meio a abrir válvulas» e para economizar e agilizar o tempo despendido nessa função «queremos implementar, a curto-médio prazo, um sistema em que em todos os contadores de todos os jardins da cidade exista um controlador destes e à distância de um clique possa fechar e abrir válvulas e programar regras», explicou o chefe de divisão.
A plantação de árvores, a rega dos jardins públicos três ou quatro vezes por semana e a reconversão de jardins de relva para jardins de arbustos são algumas das medidas do município guardense para «consumir menos água». A aplicação My Aqua é também um dos incentivos à população para controlo dos seus consumos de água, porque «se eu não souber o que consumo, não reduzo», defende Rui Melo que acrescentou que «uma outra frente que atuamos foi a instalação de um sistema de monitorização à distância dos reservatórios».
Pensem lá já agora! Armazenem a que vai para o mar, pode ser.
Esqueçam lá as “alterações climáticas”!
O clima está em “mudança” desde que o Planeta existe.
O que podemos fazer, na prática?
Lagoas, barragens, pequenas por vezes, locais, em terrenos e quintas, promovendo a infiltração e o abastecimento de lençóis freáticos; como é feito noutrasd partes do mundo.
Poupar água?
Sim, com certeza!
Mas armazená-la, infiltrá-la nos solos TEM de ser a principal Prioridade.