Concertos, exposições, publicações, cinema, conversas, poesia e a inauguração do monumento ao 25 de Abril, vão ser assim as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos na Guarda. O programa, que se prolonga até 2025, foi apresentado esta quinta-feira pelo município e o presidente Sérgio Costa considerou tratar-se «dos melhores do país».
O ponto alto acontece no dia 25 com uma sessão solene que contará com intervenções de antigos militares do Regimento de Infantaria (RI) 12, então sediado na Guarda, dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal e de oradores convidados – cujos nomes não foram revelados. Haverá ainda uma homenagem ao então capitão Monteiro Valente, que liderou a revolução na cidade mais alta. Será também inaugurado o monumento idealizado por António Saraiva e que fica na rotunda junto ao antigo Colégio de S. José, na Avenida Monsenhor Mendes do Carmo.
À noite há concerto com Luís Represas. Na véspera será apresentado o livro “Guarda. Das origens à atualidade” e um concerto de César Prata dedicado a Zeca Afonso. Em maio, o Teatro Municipal da Guarda (TMG) recebe a antestreia da ópera “Felizmente há luar”, pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, com música e libreto de Alexandre Delgado.
As comemorações já estão a decorrer e, a partir de amanhã e até 6 de maio, vai estar patente na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço a exposição “Voz do Silêncio – Prisões Políticas Portuguesas”. Na próxima terça-feira sobe ao palco do TMG o Grupo Coral de Maçainhas com o espetáculo “Canto do Livre”. estão ainda previstas sessões de leitura encenada do “Relatório de um Capitão”, pelo Teatro do Calafrio, nas escolas da cidade, que também vão acolher o grupo de intervenção cultural “Reflexo Imperfeito”. Entre outras iniciativas, a autarquia vai publicar edições especiais dos Cadernos “Fio da Memória” dedicadas a oposicionistas ao antigo regime como Cândido Pimenta, Monteiro Valente, Baeta de Campos e João Gomes. Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.