O Instituto Politécnico da Guarda foi a terceira instituição de ensino superior a receber mais novos alunos internacionais no letivo 2019/2020 com 336 novos alunos. Já a Universidade da Beira Interior teve 220 novos alunos matriculados.
A aposta na internacionalização tem permitido a universidades e politécnicos aumentarem alunos e gerarem novas receitas. Segundo os dados da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, divulgados pelo “Público” na passada sexta-feira, a Universidade do Porto lidera a lista com 595 novos alunos, seguido do Instituto Politécnico de Bragança, que teve 467 novas matrículas no último ano letivo. No terceiro lugar está o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) com 336 novas matrículas no último ano, enquanto a Universidade da Beira Interior (UBI) registou 220.
Segundo Joaquim Brigas, presidente do IPG, o Politécnico tem «apostado muito na atração de alunos», nomeadamente internacionais, e com um crescimento efetivo de novas matrículas. «Tem aumentado o número de alunos internacionais, de alunos Erasmus e de alunos nacionais», afirma o responsável da instituição de ensino superior que no ano letivo 2019/2020 foi a terceira a nível nacional com mais novos alunos internacionais matriculados, pela primeira vez, pelo primeiro ano. «Neste momento ainda não sabemos qual poderá ser o impacto da Covid-19 sobre o ingresso de alunos no próximo ano, mas estamos otimistas até porque o Instituto aumentou a oferta formativa», disse o presidente do Politécnico, destacando desde logo a nova licenciatura em Mecânica e Informática Industrial, «a primeira nova licenciatura em muitos anos» no IPG.
Para Joaquim Brigas, a «aposta em áreas de elevada empregabilidade» é o caminho» e os novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTESP), nomeadamente nas áreas do setor automóvel, construção civil e proteção civil «irão contribuir para termos mais alunos nacionais e internacionais». Neste momento o IPG tem 786 alunos internacionais originários de diferentes países, com destaque para estudantes dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e foi a instituição com maior crescimento de alunos internacionais no ano letivo 2019/2020. A propina no IPG é atualmente de 870 euros, sendo que os alunos internacionais pagam 1.200 euros e os estudantes internacionais dos PALOP, que beneficiam de uma redução de 25 por cento no âmbito de um protocolo estabelecido com alguns dos países de origem, pagam 900 euros. Já os alunos de mestrado pagam 1.100 euros de propina anual e os alunos internacionais 1.500. Os alunos originários dos PALOP pagam 1.125 euros. Por sua vez, os CTESP têm uma propina de 525 euros, que, para alunos internacionais, é de 750 euros e de 600 euros para estudantes oriundos dos PALOP.