A Câmara da Covilhã aprovou a Estratégia Local de Habitação (ELHC), que representa um investimento global de 14,8 milhões de euros ao longo de seis anos para resolver os «problemas habitacionais do concelho».
Segundo Vítor Pereira, autarca local, a iniciativa vai «melhorar e dar maior expressão ao nosso parque habitacional social, permitindo ainda alargar a sua intervenção noutros segmentos». A ELHC permitirá oferecer uma «resposta integrada e partilhada» aos problemas habitacionais da Covilhã, resolvendo «situações de maior carência habitacional e, adicionalmente, potenciar dinâmicas de reabilitação urbana, com uma maior regulação do mercado de habitação», adianta o município. O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população e promover a reabilitação urbana e do arrendamento. Uma das medidas previstas é a criação de uma Bolsa Municipal de Arrendamento Acessível com 72 fogos destinados a residentes com rendimentos intermédios e estudantes.
Com origem no programa “1º Direito”, a ELHC inclui um diagnóstico das necessidades habitacionais do concelho, um levantamento do património habitacional do município e um conjunto de medidas a realizar. «Foram identificadas 221 famílias em situação de carência habitacional, sendo 183 elegíveis para apoio do “1.º Direito”», acrescenta a autarquia, referindo que caberá aos proprietários candidatar-se à reabilitação das habitações em condições de insalubridade. «Nas restantes situações deverá ser a autarquia a encontrar soluções. O levantamento do património habitacional revelou que a Câmara da Covilhã é proprietária de 690 fogos de habitação social, dos quais 44 estão livres (14 prontos a habitar e 30 a necessitarem de obras)», refere o município, segundo o qual foram identificados mais 25 imóveis municipais que podem ser adaptados para residência.