Sociedade

Covilhã: Câmara reduz dívida, oposição queixa-se da falta de investimento

Escrito por Jornal O Interior

A Câmara da Covilhã anunciou ter reduzido sete milhões de euros à dívida municipal em 2019, passando de mais de 76 milhões em 2018 para 69,3 milhões de euros.
«Continuamos a ter boas contas, contas certas e arrumadinhas, e na boa trajetória da recuperação que encetamos em 2013, tendo em vista devolver à Câmara a credibilidade que ela deve ter junto dos munícipes, dos seus credores e dos seus fornecedores», disse Vítor Pereira aos jornalistas na sexta-feira, no final da reunião privada do executivo que aprovou a prestação de contas relativa ao ano transato foi aprovada por maioria, com o voto contra do CDS-PP. De acordo com o autarca, a maior redução foi realizada na dívida bancária, que no final de 2018 ultrapassava os 37 milhões de euros e era de 31,2 milhões a 31 de dezembro de 2019. Vítor Pereira também destacou que a execução orçamental da receita foi de 35,6 milhões de euros, o equivalente a uma taxa de execução de 80,5 por cento que «só não foi superior devido aos atrasos que tem havido no Portugal 2020».
Adolfo Mesquita Nunes, vereador do CDS-PP, não ficou impressionado com estes números. Pelo contrário, o único vereador da oposição presente aquando da votação da prestação de contas estima que a taxa de execução do município não passou os 75 por cento do valor proposto e que o nível de investimento está com taxas de execução que rodam os 35 por cento. «Apenas na despesa de pessoal se consegue uma execução de 100 por cento», disse, com ironia, constatando que nas restantes rubricas as taxas são «muito baixas», caso da área da Educação que «não passou de 28 por cento». Para Adolfo Mesquita Nunes, «estamos em mínimos históricos de investimento e, mais do que gerir a decadência notória da Covilhã nos últimos anos, este executivo revela que apenas é capaz de gerir a sua própria decadência. Só se consegue gastar três quartos e só se consegue arrecadar 80 por cento e não consegue concretizar, do ponto de vista do investimento, nada que seja relevante», criticou.

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Jornal O Interior

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