Oito milhões de euros, mais IVA, é o preço-base do concurso público internacional para a concessão do sistema de mobilidade da Covilhã lançado recentemente pelo município.
Com este procedimento, a autarquia presidida por Vítor Pereira pretende concessionar a gestão e exploração do transporte rodoviário de passageiros, dos elevadores e funiculares da cidade – onde será cobrada uma taxa turística, mantendo-se a isenção para os residentes – e da rede de bicicletas elétricas. O futuro concessionário também vai gerir o estacionamento tarifado subterrâneo e à superfície, num total de mil lugares, cujos preços serão definidos pela Câmara, bem como as receitas com a publicidade nos abrigos e autocarros. O novo sistema de mobilidade da Covilhã foi apresentado em outubro do ano passado e integra num único passe municipal autocarros, elevadores, estacionamento e bicicletas elétricas. Estão igualmente contempladas novas taxas de estacionamento, novas ligações à Torre e Penhas da Saúde por autocarros, mais descontos nos passes municipais e novos percursos rodoviários urbanos e suburbanos, nomeadamente para o Tortosendo e Teixoso.
Em fevereiro passado a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) deu luz verde ao plano que vai servir de base ao contrato de concessão. A concessão terá a duração de dez anos e o contrato a celebrar não é passível de renovação, lê-se no anúncio do concurso publicado no passado dia 24 de abril no “Diário da República”. Em fevereiro o vice-presidente do município, Serra dos Reis, afirmou que esta concessão «não será um buraco financeiro» para a Câmara, justificando que o modelo atual, gerido pela Covibus, «só com autocarros custa 600 mil euros por ano. Agora, com mais 200 mil, haverá um plano que nada tem a ver com o que termina», disse em reunião do executivo.