O presidente da Câmara da Guarda acredita que o futuro da cidade será «bem melhor» se se concretizarem as medidas da estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço que Portugal e Espanha vão acertar a 2 de outubro, na cidade mais alta.
«Os dois governos estão conscientes que é preciso um impulso mobilizador de desenvolvimento para estes territórios, onde há trabalho feito pelos municípios e pelas instituições de ensino superior. O que falta é reforçar este trabalho para recuperar o dinamismo que se perdeu nesta fronteira», disse Carlos Chaves Monteiro a O INTERIOR no final da reunião do executivo da passada segunda-feira. O autarca diz que os temas em cima da mesa são «importantes» para a Guarda e para a região e que aguarda com «muita expetativa» a realização desta Cimeira Ibérica, que colocará a cidade sob os holofotes da comunicação social dos dois países. «A agenda dos dois chefes de Governo é apertada, mas haverá sempre a oportunidade para colocar assuntos e questões que consideramos pertinentes ao primeiro-ministro de Portugal», adianta o presidente do município anfitrião.
Segundo Chaves Monteiro, os encontros bilaterais entre os ministros portugueses e espanhóis vão decorrer no Centro de Estudos Ibéricos, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e no TMG, enquanto a conferência de imprensa final terá lugar na Alameda de Santo André – se as condições atmosféricas o permitirem. A Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço contempla cinco eixos estratégicos: a mobilidade transfronteiriça, a melhoria das infraestruturas e da conectividade territorial, a coordenação dos serviços básicos, o desenvolvimento económico e inovação e o ambiente, energia e cultura. Nesta sessão o executivo decidiu, por unanimidade, prolongar até ao final do mês a isenção de taxas de ocupação da via pública com esplanadas na Praça Luís de Camões. «Se não fosse esta solução, muitos comerciantes tinham fechado a porta», acrescentou o edil, revelando que vai reunir-se com os empresários para aplicar «eventualmente» outras medidas de apoio.
E por falar em pandemia, Chaves Monteiro anunciou que, por enquanto, os horários normais dos estabelecimentos comerciais serão mantidos. «A lógica não é restringir, mas conciliar os interesses dos comerciantes com a segurança dos cidadãos», afirmou, sublinhando que será a evolução da Covid-19 na cidade que irá determinar a alteração dos horários.
Obras junto ao liceu vão continuar
As obras em curso junto à Escola Secundária Afonso de Albuquerque vão dificultar sobremaneira a vida de encarregados de educação e professores a partir desta quinta-feira, dia do arranque do ano letivo naquele estabelecimento de ensino. Atualmente apenas se circula na via ascendente da Afonso Costa, mas em ambos os sentidos. «As obras têm quer ser feitas e temos um estudo do seu impacto junto dos utilizadores daquela artéria, mas já solicitámos ao empreiteiro que termine os trabalhos o mais rapidamente possível para reduzir os constrangimentos decorrentes da empreitada», adianta o presidente do município. Atualmente, as viaturas dos pais não podem para à porta da escola, «o que poderão fazer num local mais afastado», enquanto aos docentes e funcionários é pedido que estacionem na envolvente da Torre de Menagem. «Estamos a acompanhar o andamento da empreitada para que haja o mínimo de constrangimentos naquela zona, mas, depois da Avenida Dr. Afonso Costa, as obras vão prosseguir para a Avenida Alexandre Herculano. O INTERIOR contactou a escola e a associação de pais, que não estiveram disponíveis para comentar o assunto.