Sociedade

Câmara da Guarda reduz área necessária à Alameda dos 5 F’s

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Escrito por Jornal O INTERIOR

Alteração destina-se a facilitar as negociações com os proprietários da Quinta do Cabroeiro e permitir a construção de uma nova avenida entre a Rotunda dos F’s e a VICEG

A construção da futura Alameda dos F’s deu mais um passo na segunda-feira com a aprovação, pelo executivo da Câmara da Guarda, do plano de urbanização e relatório ambiental do Cabroeiro. Idealizada há duas décadas, a via vai ligar a rotunda dos F’s, na zona urbana, à Via de Cintura Externa (VICEG), na zona das piscinas municipais.
«É um passo importante para avançar com esta obra que a Guarda anseia», disse Carlos Chaves Monteiro aos jornalistas no “briefing” realizado por videoconferência no final da reunião de Câmara. Com investimento global previsto da ordem dos 5 milhões de euros, a Alameda dos F’s terá quatro vias, bem como uma ciclovia, e estava previsto desenvolver-se numa área com cerca de 161 mil metros quadrados. Contudo, o presidente da Câmara anunciou que a área a ocupar pelo empreendimento foi substancialmente reduzida para facilitar as negociações com os proprietários. «Só vamos expropriar a área necessária à obra, que é muito menor do que a que constava da perequação», adiantou o edil, que vai iniciar uma nova ronda negocial com os donos dos terrenos necessários para conseguir uma expropriação amigável por «um valor justo, de mercado».
«Todos terão direitos de construção, em contrapartida terão de assumir parte dos custos das infraestruturas secundárias previstas. No entanto, muitos deles dizem não terem recursos para tal e outros querem zonas sobrantes para manter hortas, pelo que se optou por reduzir a área afeta à obra», acrescentou Chaves Monteiro, que reitera que «grande parte» dos custos da infraestruturação, estimados inicialmente em 1,8 milhões de euros, serão suportados pela Câmara. Avisa, por isso, que a construção da Alameda «não pode ser impedida». «O município não vai prejudicar os interesses dos proprietários, mas se não chegarmos a acordo será o tribunal a determinar o valor a pagar», garantiu, sublinhando que o empreendimento é de «interesse público» para a cidade. O autarca acrescentou que as negociações vão decorrer ao mesmo tempo que a Câmara volta a ouvir as diversas entidades competentes sobre o projeto. O objetivo é levar o assunto à Assembleia Municipal de junho. Após a sua aprovação, o respetivo concurso público para construção só será lançado após o visto favorável do Tribunal de Contas, uma vez que a obra ultrapassa o limite de 750 mil euros que dispensa essa fiscalização prévia.

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