A Câmara da Covilhã aprovou na segunda-feira, com os votos contra dos dois vereadores da oposição, um orçamento de 48 milhões de euros para 2021. É mais um milhão de euros face ao deste ano.
«É um orçamento realista, não é empolado, não é desfasado e vem ao encontro das realizações para o próximo ano e seguintes», justificou o presidente do município no final da reunião privada do executivo. Segundo Vítor Pereira, está prevista a conclusão de várias obras e projetos em curso, nomeadamente a requalificação do Teatro Municipal da Covilhã, a reabilitação do Pátio dos Escuteiros e a criação do Centro de Inovação Empresarial da Covilhã ou ainda a concretização do plano de mobilidade da cidade. O orçamento inclui ainda uma «especial atenção» para as dificuldades criadas pela pandemia da Covid-19 e as verbas para as componentes de apoio social e da saúde foram reforçadas.
O centrista Adolfo Mesquita Nunes votou contra por considerar que este orçamento “não tem qualquer resposta, nem qualquer ambição de responder à crise económica» e às dificuldades que as famílias vão atravessar devido à pandemia. «É uma mera continuação do orçamento do ano passado, com as suas atualizações e não dá conta das circunstâncias absolutamente extraordinárias que os covilhanenses vão viver para o próximo ano», sustentou. Já Carlos Pinto, vereador do movimento independente “De Novo Covilhã”, também votou contra, considerando este orçamento «preocupante» e um «mero documento técnico», que não tem «qualquer anúncio de coisa nova» porque «na Covilhã não acontece rigorosamente nada». O executivo aprovou ainda a redução da taxa do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) de 0,37 para 0,36 por cento e a manutenção da taxa de 5 por cento da variável do IRS a que a autarquia tem direito.