A Assembleia Municipal da Guarda reuniu esta terça-feira e pediu transparência na implementação do Programa de Revitalização da Serra da Estrela, urgência na divulgação integral do documento e a participação dos agentes locais.
Numa moção, aprovada por maioria e apresentada pela deputada do Bloco de Esquerda, Bárbara Xavier, pede-se ainda que «sejam auscultadas as associações ambientais da serra da Estrela que recentemente subscreveram uma carta aberta» manifestando vontade de dar o seu contributo no plano.
A bancada do PSD, que votou favoravelmente a moção, realçou a necessidade de envolver os agentes locais. A deputada Dulcineia Catarina Moura precisou que os agricultores lesados se sentem «profundamente afastados do processo».
Já os eleitos do movimento Pela Guarda (PG) absteram-se e justificam que «ainda não se conhece o documento na íntegra». José Valbom afirma que «não podemos assumir uma posição contra um plano que ainda não tem as linhas definidas». Ainda assim, o deputado do PG acrescenta que daquilo que se conhece do Plano de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela propõe um conjunto de investimentos significativos, que são muito positivos».
A bancada do PS também se absteve porque «sendo o maior investimento público feito na região, deve ser acompanhado e deve contar com todas as associações na sua implementação», vincou Miguel Borges.
Assim sendo, a moção foi aprovada com 20 votos a favor, 54 abstenções e um voto contra.
O presidente da Câmara Municipal, Sérgio Costa, salientou que o resultou das «reivindicações dos seis autarcas» da região e defendeu que o documento «não deve ser politizado, nem arma de arremesso». Deve ser um plano «executado esteja quem estiver no governo».
A primeira Assembleia deste ano na cidade mais alta contou com a presença das deputadas, Ana Mendes Godinho e Dulcineia Catarina Moura, que lideram respetivamente, as candidaturas do PS e da AD pelo círculo da Guarda às legislativas de 10 de março.
Aprovado voto de protesto pelo impasse no processo do Hotel Turismo
Nesta terça-feira a Assembleia Municipal da Guarda aprovou por maioria um voto de protesto pelo impasse no processo do Hotel Turismo. O documento foi apresentado pelo deputado do PG, José Quelhas Gaspar, que manifesta «preocupação pelo não cumprimento do próximo passo anunciado por António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, em janeiro de 2023» e pede à ENATUR (responsável pelo edifício devoluto) que «esclareça de forma cabal» a Assembleia Municipal da Guarda quanto ao «ponto de situação da execução dos projetos, bem como a calendarização».
