Há exactamente 45 anos nascia, na Guarda, a Associação de Jogos Tradicionais. Hoje é dia de comemorar a efeméride e o facto de alguém manter viva as memórias e tradições dos jogos tradicionais. Estas pessoas andam pela Guarda, de Norte a Sul do país, e até além fronteira e levam os jogos tradicionais da nossa região a milhares de pessoas.
A Associação de Jogos Tradicionais da Guarda «é das únicas associações a trabalhar com Jogos Tradicionais», segundo explica a presidente da Associação guardense, Elsa Fernandes, que vai mais longe e arrisca que «deve ser a única em Portugal a trabalhar esta especificidade há tantos anos». Falamos de uma associação mantida por voluntários que se dedicam à causa de levar a mais pessoas o conhecimento sobre esta antiga tradição que é a dos jogos tradicionais.
Para a presidente da direção da AJTG, muitas vezes as coletividades «substituem-se à função do Estado». Elsa Fernandes diz que, por vezes, «o associativismo é visto como quase um pobre que pede uma esmola, quando é o associativismo que é um parceiro ativo e devia ser reconhecido por isso». Assim sendo, Elsa Fernandes e a equipa que a acompanha não querem ser «os guardiões das tradições», querem «crescer com elas».
O Museu dos Jogos Tradicionais que continua em stand-by
O Museu dos Jogos Tradicionais é ambicionado há muito tempo pela coletividade guardense, mas também por muitos populares que gostam do conceito. Elsa Fernandes repete que se trata de um «daqueles projetos difíceis de arrancar». Não tanto pela responsabilidade da «Associação, que nas últimas décadas tem insistentemente posto este tema em cima da mesa».
A presidente da coletividade mostra vontade e diz que continua a «acreditar que é um projeto diferenciador que a Guarda deveria abraçar». Para Elsa Fernandes falamos de algo que deveria ser «prioritário na estratégia do município, seja na promoção territorial, como no desenvolvimento sociocultural».
A Associação de Jogos Tradicionais da Guarda «não tem capacidade para desenvolver o projeto», mas a equipa continua com «esperança que haja alguma entidade interessada em ser parceira do projeto».