Na noite de quarta para quinta-feira da semana passada, a tempestade Martinho originou ventos que ultrapassaram os 100 quilómetros/hora e provocaram estragos um pouco por todo o país. A região da Guarda não foi exceção, tanto que nessa noite o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela registou cerca de 250 ocorrências, revelou o comandante António Fonseca.
Um pouco por todo o distrito os «danos que se verificaram foram sobretudo ao nível de queda de árvores», sendo que algumas caíram para as vias rodoviárias e houve necessidade de remover os troncos das «estradas condicionadas». Além disso, a Proteção Civil também registou «queda de estruturas e danos em telhados de instalações públicas e edifícios privados», bem como a «queda de postes de comunicação e também da rede elétrica, ocasionando cortes de energia temporários e locais sem Internet». O caso mais problemático ocorreu em Figueira de Castelo Rodrigo, onde a cobertura das piscinas municipais voou para a via pública. Em consequência do sucedido o equipamento foi encerrado por tempo indeterminado, estando a autarquia a proceder ao levantamento dos prejuízos.
António Fonseca adiantou a O INTERIOR que, em consequência das quedas de árvores e estruturas, ficaram danificados «alguns veículos», no entanto, não houve registo de vítimas. Seia foi o concelho destacado pelo comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela como o «mais afetado». O responsável justificou a situação pela «orografia destas regiões da Serra da Estrela, e o facto de estarmos nas “terras altas”, o que faz com que a intensidade do vento seja mais elevada».