A oferta habitacional no interior do país tem-se mostrado insuficiente para dar resposta à procura ou os preços são demasiado elevados, ao mesmo tempo que há imóveis devolutos.
A conclusão é das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) que participaram no relatório realizado pelo grupo de trabalho “Habitar no Interior” e a que o jornal “Público” teve acesso. «Identifica-se, de forma transversal, que o problema de acesso à habitação resulta, antes de mais, da falta ou desadequação da oferta», pode ler-se no relatório disponibilizado na semana passada pelo Governo. «Ou não existe oferta disponível no mercado, ou a que existe é a preços elevados quando comparados com os rendimentos dos agregados, ao mesmo tempo que se identifica a existência de imóveis devolutos, com características que permitiriam a sua canalização para habitação», refere ainda o documento, citado pelo diário.
O mesmo relatório conclui que a solução passa por promover políticas públicas de habitação «muito mais amplas» do que as que têm sido postas em prática. Umas das sugestões passa por projetos-piloto de divulgação massificada dos programas de apoio à habitação e de reabilitação do património devoluto em vilas e aldeias. O relatório foi realizado no âmbito do programa “Trabalhar no Interior” e chega a conclusões depois de um ano de funcionamento.