A decisão foi tomada, esta manhã, na segunda reunião de novembro da Câmara Municipal de Pinhel. Entre os vários assuntos discutidos destaque para a aprovação do Orçamento para 2023.
«Este é o Orçamento mais difícil de que me recordo», começou por explicar o Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, acrescentando que «o aumento do custo de vida (a vários níveis) e a inflação refletiu-se, já este ano, no aumento de despesas associadas à energia elétrica, aos combustíveis, à alimentação e aos transportes escolares, entre outras». E por isso mesmo, por toda a instabilidade que se prevê em 2023, a edilidade decidiu adotar algumas estratégias, nomeadamente no que toca à organização de alguns eventos. A não realização da Feira Medieval foi uma das decisões que não foi tomada de «ânimo leve, mas que tem de ser», lamenta.
«Vamos reduzir o valor associado aos eventos de maior dimensão, sendo nossa expetativa reduzir em cerca de 50% as despesas associadas à realização da Feira das Tradições, das Festas da Cidade e do certame Beira Interior – Vinhos & Sabores», explica Rui Ventura.
Já no que diz respeito às obras, «as que estão em curso e as que contam com apoio financeiro através dos fundos europeus, essas irão avançar». De resto, obras que não tenham comparticipação, terão de aguardar. Apesar dos cortes, a autarquia garante que o Orçamento de 2023 é pensado para continuar a prestar apoio às famílias, motivo pelo qual, por exemplo, os impostos municipais não irão aumentar, mantendo-se a gratuitidade dos transportes escolares e os apoios na ação social escolar.