Região

Orçamento para 2019 passa com voto de qualidade do presidente de Manteigas

Escrito por Luís Martins

A Câmara de Manteigas aprovou um orçamento de pouco mais de 6 milhões de euros mas foi necessário o voto de qualidade do presidente.
Os documentos previsionais para o próximo ano passaram na reunião de 29 de outubro com os votos do socialista Esmeraldo Carvalhinho e da vice-presidente, Célia Morais, a abstenção de José Manuel Biscaia (PSD) e os votos contra de José Saraiva Cardoso (PSD) e do independente Francisco Botão de Elvas. O autarca elogia a posição do seu antecessor no cargo, pois permitiu viabilizar orçamento: «Foi um contributo decisivo, o vereador fez propostas que foram aceites e incluídas no plano», sublinha Esmeraldo Carvalhinho, que não ficou surpreendido com a abstenção de José Manuel Biscaia. «Foi presidente desta Câmara e sabe que temos que ser responsáveis e quando é preciso ajudar a construir o concelho», considera o edil manteiguense, recordando que «nunca votou contra o plano e orçamento» quando era vereador. O presidente do município mais pequeno espera agora que os documentos sejam viabilizados pela Assembleia Municipal.
O orçamento de 2019 tem projetos antigos, «mas consensuais», como o Centro de Energia Viva de Montanha, a criação de um parque botânico junto a esse equipamento e o arranjo do “ribeiro da vila”, entre outros, que transitaram do ano em curso porque as respetivas candidaturas aos fundos comunitários, no âmbito do Pacto da CIM Beiras e Serra da Estrela e do Centro 2020, ainda não foram aprovadas. «Este processo tem sido muito lento e prejudicial. No caso do “ribeiro da vila” a requalificação já está paga, mas a candidatura continua por aprovar», exemplifica Esmeraldo Carvalhinho, acrescentando que estes atrasos fazem com que a autarquia serrana tenha «uma taxa de execução mais baixa em 2018». O edil socialista espera que as candidaturas sejam viabilizadas em 2019, alertando que «os municípios mais pequenos e com menor capacidade financeira dependem exclusivamente das candidaturas aos fundos comunitários».

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Luís Martins

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